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http://repositorio.ufes.br/handle/10/10090
Título: | A gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família : o governo de si e do outro sob a ótica do gestor |
Autor(es): | Galavote, Heletícia Scabelo |
Orientador: | Lima, Rita de Cássia Duarte |
Palavras-chave: | Gestão do trabalho Saúde da família Gestor de saúde Work management Family health Workers Healthcare manager |
Data do documento: | 2-Set-2016 |
Editor: | Universidade Federal do Espírito Santo |
Resumo: | O processo de gestão do trabalho em saúde no cenário da Estratégia Saúde da Família (ESF) surge como uma intenção analítica fundamentada nos conceitos propostos por Foucault acerca dos dispositivos de poder e das técnicas do cuidado
de si e dos outros como fundamento de um exercício de um poder político. A
unidade de análise transita entre o espaço da macropolítica e da micropolítica da
gestão do trabalho em saúde que permeia o território de imanência entre o que é
tido como norma e a renormalização. O objetivo é analisar a gestão do trabalho na
ESF no estado do Espírito Santo, a partir do discurso dos gestores, assim como
identificar as práticas desenvolvidas pelos gestores na constituição do governo de si
e dos outros. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem
qualitativa. Para o alcance dos objetivos, foram convidados a participarem os
gestores de 36 municípios do ES: secretário municipal de Saúde; coordenador
municipal da Estratégia Saúde da Família e coordenador municipal da Atenção
Primária à Saúde. Para a coleta dos dados foi utilizada a entrevista semiestruturada
e a observação participante. A análise de discurso foi a base da análise dos dados e
a cartografia foi utilizada como método complementar de pesquisa. Destacam-se,
nos discursos, elementos que sinalizam uma prática de gestão por disciplinamento e
controle dos trabalhadores, através da obtenção de resultados, fundamentada em
atos mandatórios e normalizadores do trabalho dito prescrito, trabalho morto, que
amputa o trabalhador da sua autonomia e inventividade. Inovar para os gestores, em
estudo, representa mobilizar os trabalhadores com base em um centralismo político
que garante ao gestor formal a decisão final e definição dos rumos, já que as
equipes detêm pouca governabilidade em relação à definição de metas e
indicadores. Os gestores produzem práticas de si, no entanto, estão aprisionados
pelas normatizações da própria organização de saúde, através de marcas inscritas
em seu corpo e que determinam um ser gestor de saúde com discursos e ações
serializados. São gestores stultus, já que não exercem o cuidado de si enquanto
liberdade e albergam uma vontade subordinada, que não é livre. The process of healthcare work management in the scenario of the Family Health Strategy is highlighted as an analytical intention founded on the concepts proposed by Foucault about the apparatuses of power and the techniques for the care of self and others as the foundtion of a political power exercise. The analysis unity transits between the space of macro-politics and that of the micro-politics of the management of work in healthcare, which permeated the teritory of imanence between what is taken as the norm and re-normalization. The objective it to analize the management of work in the Family Health Strategy in the state of Espirito Santo, starting from the discourse of the managers, as well as identifying the pratices involved by the managers in the constitution of the government of self and others. This is a descriptive and exploratory study, with a qualitative approach. To achieve this objectives, managers from 36 municipalities of the state of Espirito Santo were invited to participate: the Municipal Health Secretary; the Municipal Coordinator for the Family Health Strategy; and the Municipal Coordinator for Primary Health Care. A semi-structured interview and participant observation were used for the collection of data. The discourse analysis was the basis for data analysis, and the cartography was used as a complementary method of research. There are elements in the discourse that are highlighted for signaling to a practice of management through discipline and control over the workers, through the attainement of results, founded in mandatory acts and in the normalization of the work, which is called prescribed, dead, amputating the autonomy and creativity of the worker. For the managers, to innovate means to mobilize the workers based on a political centralization that warrants for the manager the final decision and the definition of the directions, once the teams have little governability relating to the definition of goals and indicators. The managers produce self practices, but are inprisoned by the normalizations of the healthcare organiztion itself through the marks that are inscribed on their bodies and that determine a healthcare manager with serialized discourses and actions. They are stultus managers, since they don't exercize the self care as freedom, and bare a subordinate will, which is not free |
URI: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/10090 |
Aparece nas coleções: | PPGASC - Teses de doutorado |
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