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Nesta pesquisa, analisa-se a institucionalização do trabalho de cuidado em Uruguai a partir do
processo de implementação do Sistema Nacional Integrado de Cuidados (SNIC). Com essa
finalidade, propõe-se indagar sobre as principais problemáticas de gênero associadas ao
trabalho de cuidado, abordando o conceito de trabalho de cuidado, assim como as discussões
que o atravessam pelo seu caráter interdisciplinar e o debate sobre gênero. Em consequência,
o SNIC, inscreve-se na matriz de proteção social vigente, por tanto, examinam-se as
principais transformações atravessadas no século XXI. A política de cuidados que encarna o
SNIC, é descrita em profundidade, incorporando seus eixos transversais como a perspectiva
de gênero e a corresponsabilidade com seus conceitos centrais de autonomia, dependência,
cuidado. Dita política pública examina-se através de diversos documentos regulatórios y de
entrevistas realizadas ao pessoal gestor da política dentro da Secretaría Nacional de Cuidados.
Analisa-se o Programa de Assistentes Pessoais (PAP) dentro do contexto do SNIC, que
constitui um subsídio para as pessoas em situação de severa dependência, lhes oferecendo
acesso regulado a serviços de cuidado domiciliar. A análise do PAP incorpora o estudo dos
dados obtidos através de entrevistas realizadas a assistentes pessoais. As principais
contribuições que a pesquisa recolhe, encontram-se no âmbito da regulação do cuidado desde
a perspectiva sistémica, onde o SNIC incorpora os aportes do campo teórico e suas críticas.
Evidenciam-se nele, maiores desafios para combater a desigualdade de gênero pela
dificuldade de mudanças na organização atual do cuidado, o qual encontra-se caracterizado
por sua desvalorização e feminização.
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