Geografia
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Geografia por Autor "Boechat, Cássio Arruda"
Agora exibindo 1 - 9 de 9
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAs artes de curar na Amazônia brasileira entre a paisagem e o território: um diálogo em construção(Universidade Federal do Espírito Santo, 2022) Rios, Gabriela Leal; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/5561405346762826Este trabalho compreende um movimento de reflexão sobre o desenvolvimento de uma trajetória de pesquisa durante a graduação. Partindo, inicialmente, do desenvolvimento de um projeto e relatório de Iniciação Científica, foi possível compreender as limitações e as inquietações que provocaram o desdobramento e o aprofundamento de certas questões para a elaboração de um projeto de mestrado. Estas produções se encaminharam a partir do interesse em compreender as expressões espaciais das práticas de cura na Amazônia brasileira, caminhando entre as categorias da paisagem e do território. No relatório de Iniciação Científica, realizou-se o movimento de enquadrar do setor de ervas medicinais do mercado do Ver-o-Peso, em Belém (PA) sobre o conceito de paisagem, buscando realizar uma discussão de escalas acerca da categoria, tencionando uma normatividade sensorial de percepção da paisagem e afirmando a importância simbólica e situada da articulação entre as dimensões imagética e olfativa, produzida pelos vendedores de cheiro. Já mais tarde, ao longo do projeto de mestrado, propõe-se o desenvolvimento de uma pesquisa que pretende compreender os conflitos travados entre os diferentes agentes das artes de curar operantes no século XIX, também em Belém, buscando compreender os aspectos de uma difusão territorial das práticas de cura em associação às mudanças nas relações de poder entre os agentes. Ao longo desta curta trajetória de pesquisa, se observaram diversos percalços a serem superados e, aqui, pretende-se, então, estabelecer uma conversa entre estes movimentos.
- ItemAs transformações do trabalho e a territorialização do monocultivo de eucalipto no estado do Espírito Santo(Universidade Federal do Espírito Santo, 2020) Coutinho, Viviane dos Santos; Lopes, Gabriel Pedro Alves; Boechat, Cássio Arruda; ; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757Nesta pesquisa discutimos as transformações das relações e do processo de trabalho e a territorialização do monocultivo de eucalipto no estado do Espírito Santo. Buscamos examinar desde o processo de implantação do monocultivo de eucalipto neste estado, na década de 1960, e sua expansão até o período recente. Tratamos, assim, de analisar as modificações no processo de trabalho tanto do plantio como do corte do eucalipto, principalmente pela mecanização, fruto do aumento da composição orgânica do capital. Debatemos desde a implantação dos monocultivos em meados da década de 1960, até as mais recentes fusões do séc.XXI. Para desenvolvimento desta pesquisa realizamos revisão bibliográfica, levantamento de dados secundários e realizamos pesquisa documental. Como resultados vimos como marcas, deixadas por essa territorialização do capital e as transformações nas relações e no processo de trabalho, uma “natureza em ruínas”, uma intensa destruição socioeconômica e ampliação da pobreza e um intenso desemprego. Contaminação, mutilação, mortes por acidentes com tratores, esmagamentos, envenenamentos por agrotóxicos e inúmeras outras tragédias são algumas das marcas deixadas pela implantação e expansão do monocultivo de eucalipto sob essas áreas.
- ItemCapitalismo e pandemia: ensaio sobre uma sociedade produtora de pandemias(Universidade Federal do Espírito Santo, 2020) Santos, Artur Bastos; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O presente trabalho tem como objetivo desvelar os processos por trás da eclosão da pandemia do vírus Sars-Cov-2, a partir das postulações do teórico Rob Wallace em seu livro Pandemia e Agronegócio: Doenças infecciosas, capitalismo e ciência. A perspectiva adotada para análise é referente ao potencial protopandêmico produzido pelo agronegócio, agente potencializador de expansão virial e ampliação de virulência, além de possuir grande contribuição para destruição de ecossistemas e o consumo de carne selvagem, facilitando o contato microbiológico de patógenos potencialmente pandêmicos. Nesse sentido, esse texto busca compreender o processo de reprodução do sistema capitalista que continua aumentando suas apostas nas externalizações dos custos ao meio ambiente numa tentativa de abocanhar uma fatia de lucro um pouco maior num processo concorrencial cego, mas contraditoriamente, esse movimento também conduz o sistema capitalista a crise ao expulsar o trabalho do processo produtivo e assim reduzindo a taxa de lucro. Devido a esse processo, o capitalismo, já se encontrava em crise antes mesmo da chegada do coronavírus, com margens de lucros cada vez mais capengas, o coronavírus uma economia debilitada, respirando por respiradores mecânicos do capital fictício, e incapaz de absorver mão de obra.
- ItemLegislações brasileiras dos séculos XIX e XX e suas reverberações na aquisição de terras e na colonização ao norte do rio Doce - ES(Universidade Federal do Espírito Santo, 2023) Gomes, Lucas de Melo; Couto, Natália Crivellaro; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O intuito deste trabalho é investigar os efeitos das legislações fundiárias sobre o Espírito Santo, principalmente no que diz respeito ao intenso fluxo migratório para colonização das terras ao norte do rio Doce, já no século XX. Data do início do século XIX a pressão realizada pela Inglaterra para extinguir o tráfico de africanos escravizados. Essa pressão, juntamente com outros fatores, contribuiu para abalar o sistema colonial, que era fundamentado na mão de obra escravizada e na produção de artigos agrícolas e coloniais. Tanto a pressão pelo fim do tráfico quanto a crise lançada sobre o sistema colonial resultaram das novas relações internacionais que se desenvolveram a partir da aceleração da acumulação primitiva nos países europeus viabilizada, paradoxalmente, pelo próprio sistema colonial. Nesse contexto, a imigração europeia começa a ser discutida no Brasil enquanto alternativa à crise do trabalho escravo. Essa discussão se inflama com a proibição permanente do tráfico, em 1850, sinalizando que a abolição não era uma simples possibilidade, mas havia se tornado iminente. A Lei de Terras de 1850 surge, portanto, das diversas tentativas de regularização fundiária relacionadas à imigração. Ela, dentre outras características, forneceu o arcabouço jurídico que possibilitou o surgimento de um mercado imobiliário no país. A legislação também ocasionou uma sujeição do imigrante ao trabalho assalariado nas grandes propriedades rurais, nos termos de uma mobilidade do trabalho, viabilizando, em muitos casos, certa acumulação. No Espírito Santo, a Lei de Terras contribuiu para a difusão da pequena propriedade através dos Núcleos Coloniais que se desenvolveram a partir do loteamento das terras devolutas. Essa colonização ocorreu, principalmente, por meio de colônias imperiais que assentaram os imigrantes europeus em lotes, como também pela articulação dos próprios fazendeiros de café preocupados com a escassez de mão de obra iminente, ou através da parceria entre o governo estadual e as firmas interessadas na colonização particular. Com o esgotamento das terras ao sul do território capixaba, ocorreu um fluxo migratório, após 1920, que contribuiu para a colonização das áreas ao norte, difundindo a pequena propriedade e o trabalho familiar, em muitos casos.
- ItemO fenômeno dos condomínios fechados e seus impactos: um estudo sobre o Boulevard Lagoa Residence Resort em Serra-ES(Universidade Federal do Espírito Santo, 2019) Carvalho, Talita Ribeiro de; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O acelerado crescimento urbano, aliado à globalização e às novas formas de se viver a reestruturação socioespacial evidenciam uma reconfiguração das cidades e de suas moradias, gerando, inclusive, uma seletividade e hierarquização entre os agentes no momento de escolha de sua habitação. Neste sentido, visando analisar o recente modelo de ocupação do espaço que são os Condomínios Horizontais Fechados (CHF), oferecido por imobiliárias como um refúgio ao caos das cidades, com estruturas fortemente protegidas, áreas de lazer para o público pagante, o presente trabalho apresenta-se com a proposta de analisar e compreender as dinâmicas que envolvem a vivência em condomínios fechados, do ponto de vista dos moradores internos e externos, a fim de se compreender como a urbanização, reformulação socioespacial, segregação socioespacial, auto segregação são vivenciadas na prática pelos indivíduos. Como pesquisa exploratória, o presente trabalho realiza estudo de caso no Condomínio fechado denominado ‘Boulevard Lagoa Residence e Resort’, localizado na avenida Talma Rodrigues, no município da Serra – ES, idealizado pela empresa capixaba Cristal Empreendimentos Imobiliários juntamente com a empresa paranaense Teixeira Holzmann Empreendimentos Imobiliários. Por meio de pesquisas e questionários realizados com os moradores do condomínio e com a população que vive no bairro em frente ao condomínio denominado de Feu Rosa. Objetiva-se compreender, por meio de uma perspectiva sócio geográfica, a relação entre os grandes condomínios fechados horizontais e seu entorno, buscando estudar o impacto que as grandes construções condominiais causam aos indivíduos que compõem tal cenário, abordando-se, também, os possíveis motivos que levam a esta nova formulação do espaço urbano.
- ItemOs imóveis abandonados no Centro de Vitória/ES: uma análise sobre fatores de influência e tentativas de levantamento(Universidade Federal do Espírito Santo, 2023) Oliveira, Davi Klystie; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757
- ItemTerritórios e trajetórias femininas: uma conversa com mulheres da Grande Vitória(Universidade Federal do Espírito Santo, 2022) Souza, Cassiane dos Santos; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757Vemos diariamente a luta do gênero feminino por direitos igualitários em todo o mundo constantemente. É nesse contexto que buscamos entender a vida, trajetória e o território de mulheres da sociedade atual. Para isso, propomos a análise de conteúdo de textos de Silvia Federici e Scheilla Nunes Gonçalves, onde será observada a trajetória de vida destas durante a Idade Média até os dias de hoje e a sua busca por emancipação na luta pelos direitos femininos. Com isso, busca-se como resultado através de uma pesquisa qualitativa, vozes que possam nos mostrar a realidade do gênero feminino na Região Metropolitana da Grande Vitória, nos territórios onde se encontram, estes em que predominam o gênero masculino.
- ItemTerritórios negros na cidade de Vitória-ES (2024): proposta de circuito para aula de campo de geografia(Universidade Federal do Espírito Santo, 2024) Souza, Aingrid Fabiane de; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O trabalho apresenta o resultado de uma investigação, por meio de pesquisa documental, que tem por objetivo identificar os territórios negros (que resistiram e resistem) existentes atualmente na cidade de Vitória-ES e sugestionar um roteiro para aula de campo de geografia com possibilidades de diálogo interdisciplinar com história, artes, sociologia e relações étnico raciais, com potencialidade de ser adotado com turmas do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, pois permite diversas abordagens. Não é objetivo da pesquisa esgotar o tema e apontar todos os possíveis territórios, uma vez que tal empreitada é impossível, seja pela fonte de pesquisa documental, seja pela necessidade de resguardar práticas religiosas de matriz africana expostas frequentemente a violência motivada pela intolerância religiosa, racismo e pré-conceitos. A realização de uma aula de campo por um circuito de territórios negros na cidade de Vitória-ES proporcionará aos alunos uma experiência educativa rica e multifacetada. Essa prática não apenas complementará o conhecimento teórico, mas também promoverá uma conexão significativa com a cidade e com a realidade social e cultural dos locais visitados, contribuindo para uma formação mais completa e reflexiva dos estudantes. Para os fins desta pesquisa, adotaremos a concepção de território negro relacional proposto por Pedrosa (2023) que dialoga com os conceitos de território e territorialidade abordados por Milton Santos (2000) e Haesbaert (2004). Entendemos o território negro como os diversos espaços ocupados pela população negra, variando em escalas e contextos, demarcados por limites que nem sempre são fixos, reconhecidos e caracterizados pela coletividade que os conforma. Incluem-se tanto os espaços que a população negra frequenta e utiliza para sociabilidade e práticas culturais quanto os monumentos e edificações que evocam simbolicamente a presença ou a memória negra. A breve análise histórica e demográfica da cidade de Vitória, ES, revela um padrão persistente de segregação e exclusão da população negra que se estende desde o período colonial até os dias atuais. Desde a chegada dos africanos escravizados até o presente momento, a população negra em Vitória tem enfrentado uma trajetória marcada por dificuldades socioeconômicas e desigualdades. Apesar de representarem mais de 50% da população de Vitória, os negros e pardos continuam a residir predominantemente em bairros com menor valorização econômica. A concentração significativa da população negra em áreas como o bairro da Piedade e nas regiões administrativas de São Pedro, Santo Antônio, Goiabeiras e Grande Maruípe, em contraste com sua escassez em bairros de maior poder econômico, sublinha a persistência de desigualdades espaciais. Conclui que os processos raciais são fenômenos que imprimem suas marcas no espaço geográfico e propor a realização aulas de campo pelo circuito resgata, registra, traz visibilidade e valoriza a história e a presença comunidade negra e sua existência na cidade de Vitória-ES.
- ItemUma trajetória de pesquisa: desafios para encontrar o recorte da formação econômica(Universidade Federal do Espírito Santo, 2022) Bernardes, Isabela Silveira; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757Essa monografia é um compêndio dos trabalhos desenvolvidos pela autora ao longo de sua graduação. São eles dois relatórios de iniciação científica e um projeto de mestrado. No primeiro relatório apresentam-se estudos que procuraram responder o porquê das famílias serem grandes no passado. Alguns estudos atribuíam as causas a fatores econômicos como a possibilidade de aumentar o rendimento da família camponesa. Contrária a essa perspectiva se desenvolve a crítica de que essa visão acaba por ratificar a idéia de que as famílias eram grandes por decisão deliberada da família. A pesquisa concorda com a crítica e mostra como nem mesmo as próprias mulheres exerciam o controle deliberado da fecundidade. O segundo relatório disserta sobre o fenômeno de apropriação de terras - land grabbing – que passa a ser crescente a partir dos anos 2000 e, sobretudo nos países emergentes. Analisa-se o caso da mecanização do corte de cana de açúcar das lavouras paulistas como um efeito indireto desse fenômeno. Por fim disponibilizamos o projeto de pesquisa que garantiu a vaga na pósgraduação em geografia da UFES. Nele mostramos que na sua primeira década a Companhia Vale do Rio Doce teve dificuldades no recrutamento de mão de obra. Com o desenvolvimento da pesquisa queremos defender uma hipótese de causa diferente daquelas já elucidadas. Nossa hipótese é de que a população na década de 1940 ainda estava arraigada às possibilidades que o campo capixaba ainda oferecia. Desde o princípio o objetivo era discutir a formação econômica e essa trajetória mostra como foram às tentativas de alcançar esse fim.