Os jogos cooperativos e os processos de interação social
dc.contributor.advisor1 | Borges, Carlos Nazareno Ferreira | |
dc.contributor.author | Muniz, Igor Barbarioli | |
dc.contributor.referee1 | Bracht, Valter | |
dc.contributor.referee2 | Lovisolo, Hugo Rodolfo | |
dc.date.accessioned | 2016-08-29T15:35:14Z | |
dc.date.available | 2016-07-11 | |
dc.date.available | 2016-08-29T15:35:14Z | |
dc.date.issued | 2010-03-29 | |
dc.description.abstract | This study points out the implications of using Cooperative Games as a methodology for an education oriented exclusively on cooperation rather than competition and pedagogical devaluation of conflict. Based on the ideas of Terry Orlick and Fabio Brotto and prioritizing cooperation through obedience to therules of the game,it is speculated to what extent these games could contribute to the formation of accommodated, dependent, uncritical individuals. Hence, citizens unable to question the current order, rescuing or emphasizing peculiar gestures that are considered to belong to the Brazilian‘s people identity by great part of the Literature regarding Brazilian social thoughts, as well as in the case of cordiality. Therefore, dissertations and theses on Cooperative Games which had an educational perspective were analyzed. Their messages were evaluated through cutouts interpreted by content analysis of Laurence Bardin. Experiences with Cooperative Games held during a university experiment at a school in the Municipality of Vitória-ES were also analyzed, in addition to the ones in a pre-experimental workshop on Cooperative Games given during the teaching internship at the Federal University of Espírito Santo.The results show that the analyzed studies present a traditional view on Cooperative Games, understanding them as an appropriate activity to the learning of cooperation and solidarity. On the other hand, competitive games are criticized for emphasizing the domination, exclusion, dishonesty and aggression. While cooperation is supported with praise for developing positive social values, competition is more opposed than supported for being considered a problem for humanity, developing anti-social values. The reflection over the literature, especially from the works of Georg Simmel, Karl Marx, Max Weber, and Hugo Lovisolo Go Tani et al., intertwined with the analysis of empirical data, made possible to conclude that those cooperative situations were not always hegemonical positive nor beneficial to all participants of Cooperative Games. It was rescued from the game‘s classical literature, especially Johan Huizinga and Roger Caillois, that the essence of competition requires from the player more than physical ability to acclaim a winner, but also social and moral values, such as ethics, honor, chivalry and respect for rules and opponents. Those values are usually silenced in most academic studies analyzed.With the reflections of Richard Precht, it was also possible to affirm that the cooperation resulting from the submission and obedience to the rules of the game is a weak feeling of pleasure. Thus, it seems to be unable to produce a meaning in the players about the importance of acting altruistically. This may lead to the formation of submissive, uncritical and passive people. In addition, the competitive situations also marked the Cooperative Games and not necessarily provoked feelings of failure, inferiority and dissatisfaction to continue playing, much on the contrary, since in some cases it made the game more dynamic and productive. | |
dc.description.resumo | Este estudo aponta as implicações da utilização dos Jogos Cooperativos como estratégia metodológica para uma educação pautada exclusivamente na cooperação em detrimento da competição e da desvalorização pedagógica do conflito. Especula em que medida estes jogos, fundamentados nas idéias de Terry Orlick e de Fábio Brotto, priorizando a cooperação através da obediência às regras do jogo, poderiam contribuir para a formação de cidadãos acomodados, dependentes, acríticos e, portanto, incapazes de contestar a ordem vigente, resgatando ou acentuando gestos peculiares que grande parte da literatura do pensamento social brasileiro diz ser pertencentes à identidade do povo brasileiro, como no caso da cordialidade. Para tanto, foram analisadas dissertações e teses sobre os Jogos Cooperativos que tinham como perspectiva fins pedagógicos (educacionais), avaliando suas mensagens através de recortes interpretados pela Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Analisaram-se também vivências com os Jogos Cooperativos realizadas durante a experiência, ainda na graduação, em uma escola da rede municipal de Vitória-ES, além das vivências pré-experimentais de uma oficina sobre os Jogos Cooperativos ministrada durante o estágio docente da Universidade Federal do Espírito Santo. Os resultados apontam que os trabalhos analisados apresentam uma visão tradicional sobre os Jogos Cooperativos, entendendo-os como atividade adequada ao aprendizado da cooperação e da solidariedade, já os jogos competitivos são criticados por acentuar a dominação, a exclusão, a desonestidade e a agressividade. Enquanto a cooperação é defendida com louvor por desenvolver valores sociais positivos, a competição é mais combatida do que defendida por ser considerada um problema à humanidade, desenvolvendo valores anti-sociais. A reflexão feita a partir da literatura, especialmente nas obras de Georg Simmel, Karl Marx, Max Weber, Hugo Lovisolo e Go Tani et al., entrelaçada com a análise do material empírico, permitiu concluir que as situações cooperativas nem sempre foram hegemonicamente positivas, tampouco benéficas a todos os participantes dos Jogos Cooperativos. Resgatou-se a partir da literatura clássica do jogo, principalmente Johan Huizinga e Roger Caillois, que a essência da competição exige do jogador mais do que capacidades físicas para se consagrar um vencedor, mas sim valores sociais e morais, como por exemplo, a ética, a honra, o cavalheirismo e o respeito às regras e aos adversários. Valores, esses, silenciados na maioria dos trabalhos acadêmicos analisados. Com as reflexões de Richard Precht foi possível afirmar também que, a cooperação resultante da submissão e da obediência às regras do jogo é um sentimento de ―prazer fraco‖ que, ao que parece, é incapaz de produzir nos jogadores um significado sobre a importância de se agir de forma altruísta, podendo talvez conduzir para formação de pessoas submissas, acríticas e acomodadas. Além disso, as situações competitivas também marcaram os Jogos Cooperativos e nem por isso provocaram sentimentos de fracasso, inferioridade e desprazer em continuar jogando, muito pelo contrário, já que em alguns casos tornou o jogo mais dinâmico e produtivo. | |
dc.format | Text | |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufes.br/handle/10/4624 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal do Espírito Santo | |
dc.publisher.country | BR | |
dc.publisher.course | Mestrado em Educação Física | |
dc.publisher.department | Centro de Educação Física e Desportos | |
dc.publisher.initials | UFES | |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Educação Física | |
dc.rights | open access | |
dc.subject | Jogos Educativos | por |
dc.subject | Jogos cooperativos | por |
dc.subject | Cooperação | por |
dc.subject | Competições | por |
dc.subject.br-rjbn | Valores sociais | |
dc.subject.cnpq | Educação Física | |
dc.subject.udc | 796 | |
dc.title | Os jogos cooperativos e os processos de interação social | |
dc.type | masterThesis |
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