Diferenças no Desempenho das Funções Frontais nos Subtipos de Alcoolismo, de Acordo Com a Tipologia de Lesch

dc.contributor.advisor1Palácios, Ester Miyuki Nakamura
dc.contributor.authorZago-Gomes, Maria da Penha
dc.contributor.referee1Xavier, Gilberto Fernando
dc.contributor.referee2Marques, Ana Cecília Petta Roselli
dc.contributor.referee3Oliveira, Roney Welinton Dias de
dc.contributor.referee4Pereira, Fausto Edmundo Lima
dc.date.accessioned2016-08-29T15:37:56Z
dc.date.available2016-07-11
dc.date.available2016-08-29T15:37:56Z
dc.date.issued2008-03-27
dc.description.abstractIntroduction: Alcohol dependence is a heterogeneous disease with a clear variability in clinical presentations, therapeutic results and relapses, indicating different biological vulnerability. Lesch et al (1988) distinguished four categories of alcohol dependence: Type I: with severe symptoms of abstinence; Type II: uses alcohol as a solution for conflicts; Type III: uses alcohol as self-medication for psychiatric symptoms, and Type IV: with a history of neurological lesions preceding the development of alcohol dependence. Cognitive deficits have been usually reported in alcoholics (mainly frontal dysfunction) with direct implications in the treatment. Objectives: This study aimed to evaluate frontal functions in different categories of alcohol dependence according to Lesch’s Typology. Methods: Frontal Assessment Battery (FAB) and Mini-Mental State Examination (MMSE) were applied in 170 alcoholics patients classified into categories according to Lesch’s Typology and in 40 nonalcoholics controls matched for age, gender, socio-demographic characteristics and education. The quotient of intelligence (IQ) was also evaluated in alcoholics. Results: The alcoholics in the present study were classified according to Lesch’s Typology in: Type I = 21.2%, Type II = 29.4%, Type III = 28.8%, and Type IV = 20.6%. It was observed a significant impairment in the performance of tasks demanding cognitive frontal function in patients classified as Type IV as compared to non-alcoholics controls and alcoholics classified as Type I, II and III. This frontal dysfunction was not correlated with the pattern of alcohol intake or with the age for the first use of alcohol, and neither with the education level of the patients. Alcoholics classified as Type IV also showed lower IQ and MMSE scores, and it was the subgroup that showed higher percentage of scores suggesting dementia. However, the frontal dysfunction in this subgroup of alcoholics (Lesch’ Type IV) was still observed even excluding those with dementia scored by MMSE. And yet, this frontal dysfunction was seen even with abstinence over 90 days. In further analysis it was found that the types of alcohol dependence, along with mental and intellectual performance, are factors that can predict a frontal dysfunction. Conclusion: Categorization of clinical type of alcohol dependence by applying a simple classification as Lesch’s Typology, along with mental state and frontal function examinations through the applications of MMSE and FAB instruments, respectively, may be of an extraordinarily relevance in the clinical examination of alcoholics, allowing even the identification of those who have subclinical executive dysfunction, providing significant changes in strategies for individualized approaches, which may be of a great importance in the treatment of alcohol dependence.eng
dc.description.resumoIntrodução: Alcoolismo é uma doença heterogênea, com apresentações clínicas, resultados terapêuticos e recaídas variáveis, indicando vulnerabilidade biológica diferentes. Lesch e cols (1988) distinguiram quatro categorias de alcoolismo: Tipo I: com sintomas de abstinência grave; Tipo II: usam o álcool como solução para conflitos; Tipo III: usam álcool para tratamento de desordens psiquiátricas, e, Tipo IV: com história pré-álcool de alterações neurológicas. Déficits cognitivos são encontrados em alcoolistas (principalmente das funções frontais) com implicações diretas no tratamento. Objetivo: Avaliar funções frontais nas diferentes categorias de alcoolismo de acordo com a Tipologia de Lesch: Materiais e Métodos: Bateria de Avaliação Frontal (FAB) e Mini-Exame do Estado Mental (Mini-Mental) foram aplicados em 170 alcoolistas classificados em categorias de acordo com Lesch e 40 controles não-alcoolistas pareados por idade, gênero, características sócio-demográficas e escolaridade. Nos alcoolistas também foi avaliado o quociente de inteligência (QI). Resultados: A classificação da Tipologia de Lesch mostrou: Tipo I = 21,2%; Tipo II = 29,4%; Tipo III = 28,8% e Tipo IV = 20,6%. Foi encontrado um desempenho significativamente prejudicado em tarefas que requerem a função cognitiva frontal, nos pacientes classificados como Tipo IV de Lesch, comparados aos controles não-alcoolistas e também aos pacientes alcoolistas classificados como Tipos I, II e III de Lesch. Estas alterações das funções frontais não se correlacionaram com o padrão de ingestão ou com a idade de inicio do uso de álcool, e tampouco com a escolaridade dos pacientes. Os pacientes classificados como Tipo IV de Lesch também apresentaram menor pontuação do QI e prejuízos do estado mental, sendo o subgrupo que apresentou maior porcentagem de pontuação sugerindo demência. O prejuízo frontal neste subgrupo de alcoolistas (Tipo IV de Lesch) também foi verificado mesmo excluindo-se aqueles com suspeita de demência. E ainda, este prejuízo persistiu mesmo com abstinência acima de 90 dias. Em análise adicional verificou-se que o tipo de alcoolismo, aliado ao desempenho mental e intelectual, são fatores que podem predizer uma disfunção frontal. Conclusão: As verificações do tipo clínico de alcoolismo, através da aplicação de uma classificação simples como a da Tipologia de Lesch, do estado mental e da função frontal, por meio de testes breves de fácil aplicação como o Mini-Mental e o FAB, podem constituir-se em ferramentas extraordinariamente úteis e seguras na avaliação clinica dos alcoolistas, possibilitando inclusive identificar aqueles que apresentam alterações disexecutivas subclínicas, proporcionando significativas mudanças nas estratégias de enfrentamento individualizadas, importantes no tratamento do alcoolismo.
dc.formatText
dc.identifier.citationZAGO-GOMES, Maria da Penha. Diferenças no Desempenho das Funções Frontais nos Subtipos de Alcoolismo, de Acordo Com a Tipologia de Lesch. Tese (Doutorado em Ciências Fisiológicas) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências da Saúde, Vitória, 2008.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/5161
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Ciências Fisiológicas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
dc.rightsopen access
dc.subject.br-rjbnAlcoolismo
dc.subject.br-rjbnAlcoolismo - Classificação
dc.subject.br-rjbnLobo frontal
dc.subject.br-rjbnNeurofarmacologia
dc.subject.cnpqFisiologia
dc.subject.udc612
dc.titleDiferenças no Desempenho das Funções Frontais nos Subtipos de Alcoolismo, de Acordo Com a Tipologia de Lesch
dc.typedoctoralThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Tese Maria da Penha Zago Gomes.pdf
Tamanho:
1.59 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: