Legislações brasileiras dos séculos XIX e XX e suas reverberações na aquisição de terras e na colonização ao norte do rio Doce - ES

dc.contributor.advisor1Boechat, Cássio Arruda
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1336301405652757
dc.contributor.authorGomes, Lucas de Melo
dc.contributor.authorCouto, Natália Crivellaro
dc.date.accessioned2025-08-05T18:59:10Z
dc.date.available2025-08-05T18:59:10Z
dc.date.issued2023
dc.description.abstractO intuito deste trabalho é investigar os efeitos das legislações fundiárias sobre o Espírito Santo, principalmente no que diz respeito ao intenso fluxo migratório para colonização das terras ao norte do rio Doce, já no século XX. Data do início do século XIX a pressão realizada pela Inglaterra para extinguir o tráfico de africanos escravizados. Essa pressão, juntamente com outros fatores, contribuiu para abalar o sistema colonial, que era fundamentado na mão de obra escravizada e na produção de artigos agrícolas e coloniais. Tanto a pressão pelo fim do tráfico quanto a crise lançada sobre o sistema colonial resultaram das novas relações internacionais que se desenvolveram a partir da aceleração da acumulação primitiva nos países europeus viabilizada, paradoxalmente, pelo próprio sistema colonial. Nesse contexto, a imigração europeia começa a ser discutida no Brasil enquanto alternativa à crise do trabalho escravo. Essa discussão se inflama com a proibição permanente do tráfico, em 1850, sinalizando que a abolição não era uma simples possibilidade, mas havia se tornado iminente. A Lei de Terras de 1850 surge, portanto, das diversas tentativas de regularização fundiária relacionadas à imigração. Ela, dentre outras características, forneceu o arcabouço jurídico que possibilitou o surgimento de um mercado imobiliário no país. A legislação também ocasionou uma sujeição do imigrante ao trabalho assalariado nas grandes propriedades rurais, nos termos de uma mobilidade do trabalho, viabilizando, em muitos casos, certa acumulação. No Espírito Santo, a Lei de Terras contribuiu para a difusão da pequena propriedade através dos Núcleos Coloniais que se desenvolveram a partir do loteamento das terras devolutas. Essa colonização ocorreu, principalmente, por meio de colônias imperiais que assentaram os imigrantes europeus em lotes, como também pela articulação dos próprios fazendeiros de café preocupados com a escassez de mão de obra iminente, ou através da parceria entre o governo estadual e as firmas interessadas na colonização particular. Com o esgotamento das terras ao sul do território capixaba, ocorreu um fluxo migratório, após 1920, que contribuiu para a colonização das áreas ao norte, difundindo a pequena propriedade e o trabalho familiar, em muitos casos.
dc.formatText
dc.identifier.citationGOMES, Lucas de Melo; COUTO, Natália Crivellaro. Legislações brasileiras dos séculos XIX e XX e suas reverberações na aquisição de terras e na colonização ao norte do rio Doce - ES. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (bacharelado em Geografia) – Universidade Federal do Espírito Santo, 2023.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/19999
dc.languagepor
dc.language.isopt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseBacharelado em Geografia
dc.publisher.departmentDepartamento de Geografia
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.otherCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.rightsopen access
dc.subjectImigração
dc.subjectLei de Terras de 1850
dc.subjectLegislações
dc.subjectNorte do Espírito Santo
dc.subjectCrise
dc.titleLegislações brasileiras dos séculos XIX e XX e suas reverberações na aquisição de terras e na colonização ao norte do rio Doce - ES
dc.title.alternativeTítulo alternativo do documento e/ou traduzido em outro idioma
dc.typebachelorThesis
foaf.mboxemail@ufes.br
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