Modelagem de nicho ecológico das espécies de Phlebotominae e sua relação com a distribuição da leishmaniose tegumentar americana em região endêmica do Sudeste do Brasil

dc.contributor.advisor-co1Fux, Blima
dc.contributor.advisor1Falqueto, Aloísio
dc.contributor.authorMeneguzzi, Viviane Coutinho
dc.contributor.referee1Miranda, Angélica Espinosa Barbosa
dc.contributor.referee2Cerutti Junior, Crispim
dc.contributor.referee3Werneck, Guilherme Loureiro
dc.contributor.referee4Shaw, Jeffrey Jon
dc.date.accessioned2018-08-01T21:35:44Z
dc.date.available2018-08-01T21:35:44Z
dc.date.issued2016-11-29
dc.description.abstractCutaneous leishmaniasis (CL) is caused by a protozoan of the genus Leishmania and is transmitted by sand flies. The State of Espírito Santo (ES), an endemic area in the Southeast of Brazil, has shown considerably high prevalence in recent decades,allowing the expansion of the disease to unaffected areas. Computer tools, such as ecologic niche modelling (ENM), are useful for predicting potential disease risk. In this study, ENM was applied to species of sand flies and CL cases in ES to identify the principal vector and risk areas of the disease, aiming to understand the early origin and expansion of this disease. Sand flies were collected in 466 rural localities between 1997 and 2013 in the three hours after dusk using a combination of activeand passive capture. Insects were identified to the species level, and the localities were georeferenced. All medical records of autochthonous cases of CL attended at the University Hospital Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM) between 1978 and 2013 were evaluated.eng
dc.description.resumoLeishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é causada por um protozoário do gênero Leishmania e é transmitida por insetos flebotomíneos. O estado do Espírito Santo (ES), área endêmica na região Sudeste do Brasil, tem apresentado elevada prevalência nas últimas décadas, possibilitando a expansão da doença para áreas indenes. Ferramentas computacionais, tais como modelagem de nicho ecológico (ENM), são úteis para predizer o risco potencial de doenças. Neste estudo, ENM foi aplicada para analisar a distribuição potencial das espécies de flebotomíneos e sua relação com a transmissão da LTA no ES, visando a compreender a origem primitiva e a expansão desta doença. Os flebotomíneos foram coletados em 466 localidades rurais entre 1997 e 2013 nas três horas após o crepúsculo, usando uma combinação de captura ativa e passiva. Os insetos foram identificados em nível de espécie e as localidades georreferenciadas. Todos os prontuários dos casos autóctones de LTA atendidos no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM) entre 1978 e 2013 foram avaliados. Vinte e uma variáveis ambientais foram selecionadas a partir da base de dados do Worldclim. Maxent foi usado para construir modelos de distribuição potencial para Nyssomyia intermedia, Nyssomyia whitmani, Migonemyia migonei, Evandromyia lenti, Pressatia choti e casos de LTA. ENMTools foi utilizado para sobrepor os modelos das espécies e dos casos da doença. Os testes de Kruskal-Wallis e do qui-quadrado foram realizados, adotando nível de significância de 5%. Aproximadamente 250.000 espécimes foram capturados pertencentes a 43 espécies. Foram registrados 1.472 casos autóctones de LTA, sendo que 10,8% deles apresentaram lesões de mucosa. A área sob a curva (AUC) foi considerada aceitável para todos os modelos. A declividade foi considerada relevante para todas as espécies identificadas e para os casos da doença. O teste de sobreposição identificou Nyssomyia intermedia como principal vetor de LTA na área de estudo. Há evidências da existência de um ciclo silvestre primitivo de LTA em áreas de Mata Atlântica no Sudeste do Brasil. É possível que Leishmania (Viannia) braziliensis tenha sido transferido da região Amazônica para áreas de Mata Atlântica, há milhares de anos, por corredores florestais que ligavam os dois biomas. Observou-se diferença entre os prováveis locais de infecção dos pacientes, indicando que houve expansão da doença para o leste do ES, causada possivelmente pela intensificação do fluxo migratório destinado a região metropolitana do ES. As ferramentas de modelagem permitiram uma análise confiável da associação entre variáveis geoclimáticas, distribuição geográfica das espécies vetoras e ocorrência de LTA no ES. Além disso, possibilitaram melhor compreensão dos fatores relacionados à expansão geográfica em áreas de colonização antiga da região Sudeste do Brasil.
dc.formatText
dc.identifier.citationMENEGUZZI, Viviane Coutinho. Modelagem de nicho ecológico das espécies de Phlebotominae e sua relação com a distribuição da leishmaniose tegumentar americana em região endêmica do Sudeste do Brasil. 2016. 103 f. Tese (Doutorado em Doenças Infecciosas) - Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2016.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/7165
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Doenças Infecciosas
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas
dc.rightsopen access
dc.subjectLeishmaniose tegumentar americanapor
dc.subjectFlebotomíneospor
dc.subject.br-rjbnLeishmaniose - Brasil, Sudeste
dc.subject.br-rjbnDoenças transmissíveis - Brasil, Sudeste
dc.subject.cnpqDoenças Infecciosas e Parasitárias
dc.subject.udc61
dc.titleModelagem de nicho ecológico das espécies de Phlebotominae e sua relação com a distribuição da leishmaniose tegumentar americana em região endêmica do Sudeste do Brasil
dc.typedoctoralThesis
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