Imitação e Exílio na Poesia Didática de Rafael Landívar e de José Rodrigues de Melo

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dc.contributor.advisor1Leite, Leni Ribeiro
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6600-7692
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1222376244857241
dc.contributor.authorSilva, Roberto Gonoring D'Assumpção
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0007-2780-7444
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2917031979790765
dc.contributor.referee1Vazquez, Adriana Maria
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0009-0009-4702-8565
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.referee2Trevizam, Matheus
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-1744-3380
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/9371338613375993
dc.date.accessioned2024-06-19T10:12:40Z
dc.date.available2024-06-19T10:12:40Z
dc.date.issued2024-03-12
dc.description.abstractAmong the numerous examples of didactic poetry writing inside the Society of Jesus in the 17th and 18th centuries, we take two works from this context that, having been written in Italy, sing the American countryside in their verses, the De Rusticis Brasiliae Rebus (1799), by José Rodrigues de Melo, and the Rusticatio Mexicana (1781), by Rafael Landívar, as objects of study in order to offer a reading focusing on some of their constituent aspects. Both Melo and Landívar, besides having studied the order’s curriculum, based on the Ratio Studiorum, were exiled from the Americas during the Suppression of the Society of Jesus by the lands belonging to the Portuguese and Spanish monarchies, respectively. Considering such similarities, we seek, on one hand, to analyze the works according to literary precepts and expectations based on rhetoric, in order to promote a non-anachronic reading of a literary genre that has become moribund since the 19th century, and, on the other, to constantly contrast the poetic choices made by each author, noting their similarities and differences. In this process, therefore, we take the Jesuit reading of classical rhetoric, based on Cicero and Quintilian and operating through the imitation of models and tópoi, as the practical literary theory whose role it played in the Early Modern Age. With this basic theoretical apparatus, our work deals firstly with how Melo and Landívar’s education as Jesuit priests, with all the theory made available to them by the Ratio Studiorum’s curriculum, influenced the poems’ themes and stylistic choices in regards to the tradition of didactic poetry; secondly, how and to what persuasive ends the poets represented the biographical fact of their exile from America; and finally, how Melo and Landívar differ from one another as to the language and structure of their didactic poems, as well as what effects these difference cause on the poet’s image. What we observe in the poems is a constant transformation both of the structure and of the matter common to didactic poetry from Antiquity and contemporary to the authors, especially in regards to the presence of an addressee, the instructional tone through imperative verbs and technical preceptive as opposed to a narrative or descriptive language, the characterization of the farmer that works intensely in the represented landscape and the presentation of the poem’s singing voice’s éthos. As we discuss, even though each poet utilizes different mechanisms to deal with the aforementioned aspects, both coincide in arguing, subtly, against the jesuits’ expulsion from the Americas, seeking to demonstrate the benefits brought by the order’s members to the continent.
dc.description.resumoDentro dos numerosos exemplos de escrita de poesia didática dentro da Companhia de Jesus nos séculos XVII e XVIII, tomamos duas obras deste contexto que, produzidas na Itália, cantam a América em seus versos, De Rusticis Brasiliae Rebus (1799) de José Rodrigues de Melo e Rusticatio Mexicana (1781) de Rafael Landívar, como objetos de estudo a fim de oferecer uma leitura com enfoque em alguns de seus aspectos constitutivos. Tanto Melo quanto Landívar, além de terem passado pelo curriculum educativo da ordem, baseado na Ratio Studiorum, foram exilados das Américas quando da Supressão da Companhia de Jesus das terras das Coroas portuguesa e espanhola, respectivamente. Considerando tais semelhanças, buscamos, por um lado, contemplar as obras segundo preceitos e expectativas literárias fundamentados na retórica, a fim de promover uma leitura não anacrônica de um gênero literário que se tornou moribundo desde o século XIX, e, por outro lado, constantemente contrastar as escolhas poéticas feitas por cada autor, notando suas semelhanças e diferenças. Nesse processo, portanto, toma-se a leitura jesuítica da retórica clássica, baseada em Cícero e em Quintiliano e operando através da imitação de modelos e tópoi, como a teoria poética prática cujo papel ela desempenhava na Primeira Modernidade. Com tal aparato teórico básico, o trabalho discorre, primeiramente, sobre como a formação de seus autores como padres jesuítas, com toda a bagagem disponibilizada a eles pelo curriculum da Ratio Studiorum, influenciou os temas e as escolhas estilísticas quanto à tradição da poesia didática; em segundo lugar, como e para quais finalidades persuasivas os poetas figuram o dado biográfico de terem sido exilados das Américas; e, finalmente, como Melo e de Landívar se diferem um do outro quanto à linguagem e estrutura de seus poemas didáticos, bem como quais os efeitos à construção da imagem do poeta causados por tais diferenças. O que observamos nas obras é uma constante transformação tanto da estrutura quanto da matéria de poemas didáticos tanto da Antiguidade quanto contemporâneos aos autores, especialmente no que toca à presença de um endereçado, o teor instrutivo através de verbos imperativos e preceptivas técnicas em oposição a uma linguagem narrativa ou descritiva, a qualificação do agricultor que trabalha arduamente no cenário representado e a apresentação do éthos da voz que canta o poema. Como desenvolvemos, apesar de cada um dos dois poetas utilizar mecanismos diferentes para tratar dos aspectos supracitados, ambos coincidem em argumentar, de modo sutil, contra a expulsão dos jesuítas das Américas, buscando demonstrar os benefícios trazidos pelos membros da ordem ao continente.
dc.description.sponsorshipFAPES
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/17382
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Letras
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Letras
dc.rightsopen access
dc.subjectJosé Rodrigues de Melo
dc.subjectRafael Landívar
dc.subjectpoesia didática
dc.subjectjesuíta
dc.subjectretórica jesuítica
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqÁrea(s) do conhecimento do documento (Tabela CNPq)
dc.titleImitação e Exílio na Poesia Didática de Rafael Landívar e de José Rodrigues de Melo
dc.title.alternativetitle.alternative
dc.typemasterThesis
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