Sedimentologia e estratigrafia quaternária dos depósitos costeiros da região de Vitória, ES

dc.contributor.advisor-co1Albino, Jacqueline
dc.contributor.advisor1Bastos, Alex Cardoso
dc.contributor.authorMachado, Giseli Modolo Vieira
dc.contributor.referee1Silva, Cleverson Guizan
dc.contributor.referee2Muehe, Dieter
dc.contributor.referee3Baptista Neto, José Antonio
dc.contributor.referee4Ferreira Junior, Paulo Dias
dc.date.accessioned2018-08-01T23:43:00Z
dc.date.available2018-08-01
dc.date.available2018-08-01T23:43:00Z
dc.date.issued2014-12-03
dc.description.abstractFluctuations in relative sea level during the Quaternary reveal changes in the architecture and composition of sedimentary deposits due to transgressive / regressive events, energy of the environment and, marine/continental influence. Thus, the stratigraphy has important contribution to the interpretation of these components to predict facies architecture and reconstruct the sedimentation period. Geomorphological evidence is also used to understand the coastal plain evolution. Sedimentological, geochemical and biological indicators are used to recognize the depositional paleoenvironments. The study area comprises the Quaternary coastal deposits of region of Vitória, ES. The area is characterized by a narrow coastal plain between rocks. The methodology is divided into geologic and topographic mapping, stratigraphic, morphoscopic and geochemical analysis. Geologic maps were performed by interpretation of aerial photographs, topographic maps and field trips. The stratigraphic analysis was performed by collecting sediment subsurface through deep cores (SPT) and shallow cores (vibracores). Four deep cores with 20 m drilling on the plain and three shallow cores between 2-5 m drilling on mangroves were performed. Sediments were analyzed by: particle size; organic matter and CaCO3 contents and, shell species classification. Sediments from deep core were also assessed for mineralogical composition and rounding degree, optical appearance and microtextures of quartz grains by optical and scanning electron microscope. Sediments from vibracore were also analyzed for C/N ratio. Twenty datings were performed: 19 by 14C (18 in shells and 1 in organic sediment) e 1 by LOE (quartz). Thus, this thesis aims to investigate the response of coastal sedimentary deposits resulting from fluctuations in sea level during the last 120,000 years in the region. The results contributed to the understanding of the stratigraphic evolution, the role of sea level variations in sedimentary records and the importance of geomorphological control to fill the sedimentation basin. No evidence was found, as sandy terraces associated with the maximum transgression in 120,000 years B.P. The presence of modern estuary, wetlands and beach barrier near the beach current show times of higher sea level during the Holocene. The presence of marine and estuarine shells, fragments of bioclasts, carbonate nodules, C/N ratio below 21 and quartz grains with beach maturity are indicators of marine influence on the environment. Six paleoenvironments were recognized: continental with marine influence, fluvial, bay, estuary, beach barrier and tidal channel. The textural parameters of quartz grains showed little scope of coastal grains within the sedimentation basin. The microtextures by mechanical action on the grain surface indicated predominance of grains related to the fluvial system. Microtextures by chemical action are indicators of environments influenced by marine water and low energy. The proposed evolutionary model for the area is summarized as follows: At isotope stage 5 the region of Victoria was a wide bay with low energy and free connection wit the sea. Around 38,890 ± 180 and > 50,540 years B.P. (isotopic stage 3) the records show a transgressive event in the region. At isotope stage 2, fluvial deposits dominate the plain. The surface of this deposit was dating in 36,307 ± 3292 years B.P. At isotopic stage 1, bay facies dated between 9,448 ± 38 and 7,154 ± 157 cal years B.P., return to occupy the Victoria Bay during transgression, which evolve to estuarine facies to the present. The exposed part a beach barrier is formed around 7,930 ± 150 cal years B.P. and subsequently drowned. Estuary remains with the regression. Some interior areas are transformed into wetlands while, areas near the sea respond to the lowering of sea level by building a beach barrier started at 3,136 ± 185 and 3,201 ± 175 cal years B.P., forming the Camburi plain.
dc.description.resumoOscilações do nível relativo do mar no Quaternário revelam mudanças na arquitetura e na composição dos depósitos sedimentares em função de eventos transgressivos / regressivos, energia do ambiente e influência marinha e continental. Assim, a estratigrafia tem contribuição importante na interpretação destes componentes que prognosticam a arquitetura de fácies e reconstroem o período de sedimentação. Evidências geomorfológicas são usadas também para compreender a evolução da planície costeira e indicadores sedimentológicos, biológicos e geoquímicos são usados para reconhecer os paleoambientes deposicionais. A área de estudo compreende os depósitos Quaternários costeiros da região de Vitória, ES caracterizada por uma planície estreita limitada entre depósitos rochosos. A metodologia se dividiu em mapeamento geológico e topográfico, análise estratigráfica e análise morfoscópica e geoquímica. Os mapas geológicos foram realizados por meio de interpretação de fotografias aéreas, cartas topográficas e campo. O mapa topográfico foi gerado a partir da modelagem digital do terreno. A análise estratigráfica foi realizada por meio de coleta de sedimentos de sub-superfície por meio de sondagens e vibratestemunhador. Foram realizadas quatro sondagens de 20 m de perfuração sobre a planície e três testemunhos rasos entre 2 a 5 m de sobre o mangue. Nos sedimentos foram realizadas as seguintes análises: granulometria; queima de matéria orgânica e CaCO3, via úmida para teor de lama/areia e classificação das espécies de concha. Nas amostras das sondagens os sedimentos foram avaliados também quanto à composição mineralógica e quanto ao grau de arredondamento, aspecto óptico e microtexturas dos grãos de quartzo por meio de morfoscopias óptica e eletrônica de varredura. Nas amostras dos testemunhos o sedimento orgânico foi analisado quanto à razão C/N. Vinte datações foram realizadas: dezenove por 14C, sendo dezoito em conchas e uma em sedimento orgânico e uma por LOE em grãos de quartzo. Desta forma, esta tese objetiva investigar a resposta dos depósitos sedimentares costeiros decorrentes das oscilações do nível do mar nos últimos 120 mil anos na região. Os resultados contribuíram para a compreensão da evolução estratigráfica, o papel das variações do nível do mar nos registros sedimentares e a importância do controle geomorfológico no preenchimento da bacia de sedimentação. Não foram encontradas evidências, como terraços arenosos, associados à transgressão máxima de 120 mil anos A.P. A presença de estuário moderno, áreas deprimidas e úmidas na planície e cordão praial junto à praia atual evidenciam momentos de nível de mar mais alto no Holoceno. A presença de conchas marinhas e estuarinas, fragmentos de bioclastos, nódulos carbonáticos, razão C/N abaixo de 21 e grãos de quartzo com maturidade textural de praia são indicadores de influência marinha no ambiente. Seis paleoambientes foram reconhecidos: continental com influência marinha, fluvial, baía, estuarino, praial e canal de maré. Os parâmetros texturais dos grãos de quartzo mostraram o pouco alcance dos grãos costeiros no interior da bacia de sedimentação. As microtexturas por ação mecânica na superfície dos grãos indicaram predomínio de grãos correlacionados ao regime fluvial, transportados sobre curtas distâncias e as microtexturas por ação química são indicadores de ambientes sob influência de águas marinhas e baixa energia. A proposta de modelo evolutivo para a área se resume da seguinte forma: no estágio isotópico 5 o embaiamento de Vitória era uma ampla baía de baixa energia e conexção livre com mar. Por volta de 38.890 ± 180 e >50.540 anos A.P. (estágio isotópico 3) tem-se o registro de um evento transgressivo na região. No estágio isotópico 2, os processos continentais reinam e depósitos fluviais no interior da bacia datados na superfície em 36.307 ± 3.292 anos A.P. registram o período regressivo. No estágio isotópico 1, fácies de baía datadas entre 9.448 ± 38 e 7.154 ± 157 anos cal A.P., voltam a ocupar a baía de Vitória durante a transgressão, que evoluem para fácies estuarinas no interior da baía até o presente. Na parte exposta, um cordão praial é formado em torno de 7.930 ± 150 anos cal A.P e posteriormente afogado. Com a regressão parte do estuário se mantém, algumas áreas interiores são colmatadas e transformadas em depressão de planície úmidas modernas e áreas próximas ao mar respondem à descida do nível do mar com a construção de um cordão iniciado a 3.136 ± 185 e 3.201 ± 175 anos cal. A.P., formando a planície de Camburi.
dc.description.sponsorshipFAPES, CAPES
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/9158
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Oceanografia Ambiental
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Oceanografia Ambiental
dc.rightsopen access
dc.subjectSedimenteng
dc.subjectSedimentopor
dc.subjectStratigraphyeng
dc.subjectEstratigrafiapor
dc.subjectSea leveleng
dc.subjectNível do marpor
dc.subject.cnpqCiências Ambientais
dc.subject.udc55
dc.titleSedimentologia e estratigrafia quaternária dos depósitos costeiros da região de Vitória, ES
dc.typedoctoralThesis
frapo.hasFundingAgencyFAPES, CAPES
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