Influência dos polimorfismos dos genes FADS e do consumo alimentar no perfil materno de ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 e no resultado obstétrico

dc.contributor.advisor-co1Santos, Djanilson Barbosa dos
dc.contributor.advisor1Louro, Iuri Drumond
dc.contributor.authorCarvalho, Gisele Queiroz
dc.contributor.referee1Silva, Adriana Madeira Álvares da
dc.contributor.referee2Paula, Flávia de
dc.contributor.referee3Cominetti, Cristiane
dc.contributor.referee4Errera, Flavia Imbroisi Valle
dc.date.accessioned2018-08-01T21:35:19Z
dc.date.available2018-08-01
dc.date.available2018-08-01T21:35:19Z
dc.date.issued2016-09-26
dc.description.abstractThe status of long-chain polyunsaturated fatty acids (LCPUFAs) has strong influence on prematurity and low birth weight risks. The polyunsaturated fatty acids intake (PUFA) and polymorphisms in fatty acid desaturases genes (FADS) seem to influence levels of LCPUFAs on blood and tissue, however studies with pregnats are scarce. In this study, the objective was to evaluate the interaction between PUFAs intake during pregnancy and FADS1 (rs174561) and FADS2 (rs174575 and rs3834358) genes maternal genotypes 1) on the maternal status of plasma LCPUFAs, 2) on the pregnancy duration and 3) on child birth weight. The pregnant women of a prospective cohort of Santo Antônio de Jesus – BA, Brazil, were evaluated. During pregnancy, socioeconomic, health evaluation and blood collection were performed. To estimate PUFA intake, a nutrient-specific food frequency questionaire (FFQ) was developed and validated. Plasma lipids were extracted by Folch method and the fatty acids were identificated by gas chromatography. Genomic DNA extraction was performed from buffy coat. All samples were genotyped with TaqMan® Assay using allelic discrimination on real-time PCR equipment. Pregnancies outcomes were obtained on the Department of Epidemiological Surveillance of the referred city. One-way ANOVA was used to compare the mean of plasma PUFAS n-3 status according to the genotypes at each tertile of α-linolenic (ALA) and Linoleic acid/Linolenic acid (LA:ALA) Intake. Linear regression analysis was used to evaluate gene-diet interaction in the pregnancy duration and birth weight, adjusted for covariates. The linear regression, ajusted to covariable, was used on gene-diet interaction analysis. The minor allele frequency varied from 22,0% to 28,8% on 250 pregnancy women evaluated. Heterozygous pregnants for rs174561 e rs3834458 polimorphisms have a lower intake of LA. Minor allele homozygote pregnants for SNPs FADS1 rs174561 (CC) e FADS2 rs3834458 (DelDel) exhibited higher plasma levels of ALA on the higher tertile of ALA intake and of LA/ALA intake (P < 0,05). For these polymorphisms, EPA and DHA were not affected by the intake of ALA and LA/ALA. For SNP rs174575, minor allele homozygote pregnants exhibited lowest proportions of plasma EPA on second tertile of LA/ALA intake, in comparison with pregnants homozygous for the major allele (p < 0,05). There was no gene-diet interaction in birth weight for the three polymorphisms evaluated. However, in heterozygous women (CG) for the SNP rs174575 the duration of pregnancy was positively associated with ALA intake and negatively with the intake of LA (p <0.05). In conclusion, the increase of ALA intake promotes accumulation of ALA plasma and seems not promote the conversion of LCPUFAs EPA and DHA in pregnants homozygotes for the minor allele for rs174561 and rs3834458. The moderate intake of LA/ALA may also reduce EPA levels in pregnant women who carried the minor allele of polymorphism rs174575. Thus, dietary patterns characterized by higher intake of ALA and LA reduced intake can be beneficial by improving the lipid profile of pregnant women. Heterozygous for the SNP rs174575 (CG) can increase the time of pregnancy in response to higher intake of ALA and lower intake of LA. Regarding the polymorphisms rs174561 and rs3834458, the lack of diet-gene interaction on birth weight and pregnancy duration may have been a reflection of insufficient intake of PUFAs by pregnant women who carried the minor allele, which would hinder the clear observation of causality in relation to outcomes. Probably, the level of PUFA intake by these pregnant women does not promotes evident effects. A hyphotesis for the insufficient PUFAs intake would be an influence of FADS genotypes on taste perception and preference of foods source of PUFAS, that should be investigated in future studies.eng
dc.description.resumoO perfil de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LCPUFAs) em gestantes apresenta forte influência no risco de prematuridade e baixo peso ao nascer. A ingestão de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAS) e os polimorfismos dos genes das dessaturases (FADS) parecem influenciar as concentrações de LCPUFAs no sangue e em tecidos, mas os estudos são escassos em gestantes. Nesse estudo, foi objetivo avaliar a interação entre a ingestão de PUFAs durante a gestação e os genótipos maternos dos genes FADS1 (rs174561) e FADS2 (rs174575 e rs3834458) 1) no perfil materno de ácidos graxos poli-insaturados ômega 3; 2) na duração da gestação e 3) no peso da criança ao nascer. Foram avaliadas as gestantes participantes de uma coorte prospectiva de Santo Antônio de Jesus – BA, Brasil. Durante a gestação, foram realizadas a avaliação socioeconômica e de saúde e a coleta sanguínea. Para estimar a ingestão de PUFAS, foi desenvolvido e validado um questionário de consumo alimentar nutriente-específico. A identificação dos ácidos graxos plasmáticos foi realizada por cromatografia gasosa. A extração do DNA genômico foi realizada a partir do buffy coat, com kit comercial. Todas as amostras foram genotipadas com uso de ensaios TaqMan®, utilizando a discriminação alélica no equipamento de PCR em tempo real. Os desfechos gestacionais foram obtidos no Departamento de Vigilância Epidemiológica. Anova one way foi utilizada para comparar as médias das proporções plasmáticas de PUFAS n-3 segundo os genótipos, em cada tercil de ingestão de ácido α-Linolênico (ALA) e da razão ácido Linoléico/ácido α-Linolênico (LA/ALA). Análise de regressão linear foi utilizada para avaliação da interação gene-nutriente na duração da gestação e no peso ao nascer, ajustada para covariáveis. As frequências dos alelos variantes foram de 22,0% a 28,8% nas 250 gestantes avaliadas. Gestantes heterozigotas dos polimorfismos rs174561 e rs3834455 apresentavam menor ingestão de LA. Gestantes homozigotas para o alelo de menor frequência dos SNPs FADS1 rs174561 (CC) e FADS2 rs3834458 (DelDel) apresentaram maiores concentrações plasmáticas de ALA no tercil mais alto de ingestão de ALA e da razão LA/ALA (p < 0,05). Para esses polimorfismos, EPA e DHA não foram afetados pela ingestão de ALA e da razão LA/ALA. Para o SNP rs174575, gestantes que carreavam o alelo de menor frequência apresentaram menores proporções de EPA plasmático no segundo tercil de ingestão da razão LA/ALA, em comparação com as gestantes homozigotas para o alelo de maior frequência (p < 0,05). Não foi observada interação gene-nutriente no peso ao nascer para os três polimorfismos avaliados. Entretanto, nas gestantes heterozigotas (CG) do SNP rs174575 a duração da gestação se associou positivamente com a ingestão de ALA e negativamente com a ingestão de LA (p < 0,05). Foi possível concluir que o aumento da ingestão de ALA promove o acúmulo plasmático de ALA e parece não favorecer a conversão dos LCPUFAs ácido eicosapentaenoico (EPA) e DHA nas homozigotas de menor frequência dos polimorfismos rs174561 (CC) e rs3834458 (DelDel). A ingestão moderada da razão LA/ALA pode também reduzir as concentrações de EPA nas gestantes que carreavam o alelo de menor frequência do polimorfismo rs174575. Assim, o padrão alimentar caracterizado pela maior ingestão de ALA e redução da ingestão de LA pode ser benéfico, melhorando o perfil lipídico das gestantes. As heterozigotas do SNP rs174575 (CG) podem aumentar o tempo de gestação em resposta à maior ingestão de ALA e menor de LA. Em relação aos polimorfismos rs174561 e rs3834458, a ausência de interação gene-nutriente no peso ao nascer e na duração da gestação pode ter sido reflexo da insuficiente ingestão de PUFAs pelas gestantes que carreavam o alelo de menor frequência, o que dificultaria a observação clara de causalidade em relação aos desfechos. É provável que o nível de ingestão de PUFAs por essas gestantes não promova efeitos evidentes. Uma justificativa para o insuficiente consumo de PUFAs seria uma eventual influência dos genótipos FADS na percepção gustativa e na preferência de alimentos fontes de PUFAS, que deve ser investigada em estudos futuros.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/7134
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Biotecnologia
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Biotecnologia
dc.rightsopen access
dc.subjectNutrigenomicseng
dc.subjectSingle nucleotide polymorphismeng
dc.subjectUnsaturated fatty acidseng
dc.subjectPregnanty womeneng
dc.subjectBirth weighteng
dc.subjectGestacional ageeng
dc.subjectNutrigenômicapor
dc.subjectPolimorfismo de nucleotídeo únicopor
dc.subjectÁcidos graxos insaturadospor
dc.subjectGestantespor
dc.subjectPeso ao nascerpor
dc.subjectIdade gestacionalpor
dc.subject.cnpqBiotecnologia
dc.subject.udc61
dc.titleInfluência dos polimorfismos dos genes FADS e do consumo alimentar no perfil materno de ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 e no resultado obstétrico
dc.typedoctoralThesis
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