Fala, Vitória! : a variação do imperativo na cidade de Vitória/ES e sua posição no cenário nacional

dc.contributor.advisor1Scherre, Maria Marta Pereira
dc.contributor.authorEvangelista, Elaine Meireles
dc.contributor.referee1Silva, Vera Paredes
dc.contributor.referee2Yaconvenco, Lilian Coutinho
dc.date.accessioned2016-08-29T15:08:44Z
dc.date.available2016-07-11
dc.date.available2016-08-29T15:08:44Z
dc.date.issued2010-04-14
dc.description.abstractThis paper analyses the alternation in grammatical imperative mood use under the light of Labovian Sociolinguistics in the city of Vitória/ES, on what concerns forms contemporaneously associated with the indicative mode (speak/look/let/say) or with the subjunctive mode (speak/look/let/say) in affirmative and negative statements both in speech and writing in the exclusive context of the pronoun you. Four corpora were used, namely: (1) interviews from the project “The Portuguese Spoken in the City of Vitória - PortVIX”, Federal University of Espírito Santo – interviews labovian; (2) ads, and column headlines in two local newspapers, A Tribuna and A Gazeta – written in non-dialogue form; (3) comic strips from Marly, the spinster, a local character created by cartoonist and writer Milson Herinques over 30 years ago – written in dialogue format; and (4) television media speech in two local TV broadcasts, Full Account and Tribuna News. Such corpora gave us a wider view of the tendencies already noticed in other investigations about variation and change of the imperative mood in Brazilian Portuguese. The studies of imperative mood variation in some Brazilian localities indicate a distance between the Grammar rule and the use of the imperative mood, remarking that such variation points towards a linguistic change considering that, unlike the register of grammatical tradition, imperative mood forms associated with the indicative mode (speak/look/let/give/come) occur widely in a context of the use of the pronoun you. The main object of this study is to verify the alignment of the imperative mood use in the city of Vitória in the national context, since there is a lack of sociolinguistic studies in the state of Espírito Santo; and also to contribute towards mapping imperative mood use in Brazil. In oral language, our results amounting to 97% of imperative mood use associated with the indicative mode, confirm the geographical clipping of capital cities, as they come close to those found in the oral language of capital cities in the Center-West, Southeast, and South regions, which show percentiles above 90 and are far from the results of the Northeast region capitals, especially Salvador – the capital of Bahia – which boasts a global 28% of imperative mood use associated with the indicative mode. The results of all the analyzed corpora have revealed and confirmed some trends, such as the strong restriction of pre-verbal negation to imperative mood use associated with the indicative mode; and the role of the number of syllables of the verb in the infinitive, the role of the presence, type and position of pronouns, and the role of discourse markers, for the understanding of such a variable phenomenon. In non-dialogue format writing, in special, results confirmed that discourse anchors tend to also favor the use of imperative clauses associated with the indicative mode and that, in such type of writing, there is a great promotion of imperative mood use in the subjunctive form. Television media data have revealed the importance of the presence of dialogue in communicative, in which speech is more planned, towards the favoring of imperative mood associated with indicative mode. In short, our investigation has confirmed some regularity if compared to other studies, which indicates some trends that help explain imperative mood variation.
dc.description.resumoEste trabalho analisa, à luz da Sociolinguística Laboviana, a alternância no uso do imperativo gramatical na cidade de Vitória/ES, no que diz respeito às formas contemporaneamente associadas ao modo indicativo (fala/olha/deixa/diz) ou ao modo subjuntivo (fale/olhe/deixe/diga) em enunciados afirmativos e negativos da fala e da escrita, no contexto exclusivo do pronome você. Foram utilizados quatro corpora, a saber: (1) entrevistas do projeto “Português Falado na Cidade de Vitória - PortVIX”, da Universidade Federal do Espírito Santo – entrevistas labovianas; (2) propagandas e títulos de colunas em dois jornais impressos locais, A Tribuna e A Gazeta – escrita sem formato de diálogo; (3) tirinhas de Marly, a solteirona, personagem capixaba criada pelo cartunista e escritor Milson Herinques há mais de 30 anos – escrita com formato de diálogo; e (4) fala da mídia televisiva em dois programas locais, Balanço Geral e Tribuna Notícias. Esses corpora nos deram uma visão mais ampla das tendências, já observadas em outras pesquisas, acerca da variação e da mudança do imperativo no português brasileiro. Os estudos da variação do imperativo em algumas localidades brasileiras indicam o distanciamento entre a norma gramatical e o uso do imperativo, observando que essa variação aponta para uma mudança linguística, tendo em vista que, diferentemente do registro da tradição gramatical, formas imperativas associadas ao indicativo (fala/olha/deixa/dá/vem) ocorrem amplamente em contexto de uso do pronome você. O principal objetivo deste estudo é verificar qual o alinhamento do uso do imperativo da cidade de Vitória no contexto nacional, haja vista a escassez de estudos sociolinguísticos no estado do Espírito Santo, e também contribuir para o mapeamento do imperativo no Brasil. Na oralidade, nossos resultados, com percentual de imperativo associado ao indicativo da ordem de 97%, confirmam o recorte geográfico de capitais, pois se aproximam dos encontrados na oralidade de capitais nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, que apresentam percentuais acima de 90% e se afastam dos resultados de capitais da região Nordeste, especialmente Salvador, a capital da Bahia, que exibe um percentual global de imperativo associado ao indicativo da ordem de 28%. Os resultados de todos os corpora analisados revelaram e confirmam algumas tendências, tais como a forte restrição da negação pré-verbal ao uso do imperativo associado ao indicativo; e o papel do número de sílabas do verbo no infinitivo; da presença, tipo e posição dos pronomes; dos marcadores discursivos, para o entendimento deste fenômeno variável. Na escrita sem formato de diálogo, em particular, os resultados confirmaram que âncoras discursivas tendem a favorecer também o uso de orações imperativas associadas ao indicativo e que, nesse tipo de escrita, há um grande favorecimento do uso do imperativo na forma subjuntiva. Os dados da mídia televisiva revelaram a importância da presença do diálogo, em eventos comunicativos em que a fala é mais planejada, para o favorecimento do imperativo associado ao indicativo. Em síntese, nossa pesquisa confirmou algumas regularidades se comparadas aos outros estudos, o que indica algumas tendências que ajudam a explicar a variação do imperativo.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/3717
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Linguística
dc.rightsopen access
dc.subjectImperative moodeng
dc.subjectVariationeng
dc.subjectSociolinguisticseng
dc.subject.br-rjbnLíngua portuguesa - Variação - Espírito Santo (Estado)
dc.subject.br-rjbnLíngua portuguesa - Imperativo
dc.subject.br-rjbnSociolinguística
dc.subject.cnpqLinguística
dc.subject.udc80
dc.titleFala, Vitória! : a variação do imperativo na cidade de Vitória/ES e sua posição no cenário nacional
dc.typemasterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
tese_3931_DISSERTACAO Elaine Meireles Evangelista.pdf
Tamanho:
1.7 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: