Percepção dos profissionais de saúde de um hospital universitário em relação às pessoas privadas de liberdade e usuários de drogas

dc.contributor.advisor-co1Santos, Marcos Vinicius Ferreira dos
dc.contributor.advisor-co1IDhttps://orcid.org/0000-0001-9788-660X
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3361334188486592
dc.contributor.advisor1Siqueira, Marluce Mechelli de
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-6706-5015
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5309001654924097
dc.contributor.authorMarson, Carla Neves
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0001-8884-6286
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3620010396923370
dc.contributor.referee1Rosa, Pablo Ornelas
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-9075-3895
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1908091180713668
dc.contributor.referee2Barros, Maria Elizabeth Barros de
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/1908967025244386
dc.date.accessioned2025-09-22T21:03:17Z
dc.date.available2025-09-22T21:03:17Z
dc.date.issued2025-08-01
dc.description.abstractIntroduction: Access to health care for people deprived of freedom is a delicate issue, due to the precarious structural conditions of prisons, and a complex one, as it encompasses various actors and the specificities of incarceration. Analyzing this issue means understanding the context of inequality and vulnerability of this population and how public policies affect these people. In relation to drug users, in recent years we have experienced various movements of progress and setbacks related to the National Policy on Drugs. Thus, there are still challenges in caring for people who use psychoactive substances, which goes beyond health and social assistance, also involving justice and public security, areas that have a strong influence on the care practices currently adopted. Objective: To understand the perception of health professionals working in a university hospital regarding people deprived of freedom and users of alcohol and other drugs, analyzing factors that facilitate and hinder the provision of care to these people. Methodology: This is an exploratory, descriptive study with a qualitative approach. Semi-structured interviews were carried out with eighteen health professionals of both sexes and various specialties at a university hospital, in the outpatient, surgical and maternity services. The interviews were recorded, transcribed and organized according to Bardin's content analysis. We used the theoretical framework of vulnerability in health and human rights, which analyzes the individual, social and pragmatic dimensions and how much and how governments regulate and enforce these rights. Results: Relationships in the health-disease-care process, although consolidated in the service network and work routines, are still sensitive to the structural conditions of the institution and the specificities of the subjects. Stigmas and discrimination appear as social markers of difference, gender, race, social class and their intersections associated with illness. The professionals assume that there are limitations in their work, such as professional unpreparedness, lack of specific knowledge and patient management. For improvements, they point to multidisciplinary action, coordination with the service network and team training. Conclusion: Despite the progress made in caring for people deprived of freedom and people who use drugs, health actions must work to reduce vulnerabilities, without neglecting the fight against social inequalities and the protection of human rights. It is necessary to overcome institutional and personal barriers, the biological approach in the health-disease relationship and include social participation in order to consolidate a perspective that promotes and enhances the autonomy of individuals and expands their capacity to live with dignity.
dc.description.resumoIntrodução: O acesso e a atenção à saúde das pessoas privadas de liberdade é uma questão delicada, devido às condições estruturais precárias dos estabelecimentos penais, e complexo, por abranger diversos atores e especificidades do cárcere. Analisar esta temática significa compreender o contexto de desigualdade e vulnerabilidade dessa população e como políticas públicas afetam estas pessoas. Em relação aos usuários de drogas, nos últimos anos temos vivenciado vários movimentos de avanços e retrocessos relacionados à Política Nacional sobre drogas. Dessa forma, ainda há desafios no cuidado às pessoas que usam substâncias psicoativas, que vai além da saúde e assistência social, envolvendo também justiça e segurança pública, áreas que exercem forte influência sobre as práticas de cuidado adotadas atualmente. Objetivo: Compreender a percepção dos profissionais de saúde que atuam em um hospital universitário a respeito da pessoa privada de liberdade e o usuário de álcool e outras drogas, analisando fatores facilitadores e dificultadores na oferta de cuidados a essas pessoas. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dezoito profissionais de saúde, de ambos os sexos e especialidades variadas de um hospital universitário, nos serviços ambulatoriais, cirúrgico e maternidade. As entrevistas foram gravadas, transcritas e organizadas de acordo com a análise de conteúdo de Bardin. Utilizou-se o referencial teórico da vulnerabilidade em saúde e direitos humanos que analisa as dimensões individuais, sociais e pragmáticas e o quanto e como os governos regulamentam e efetivam esses direitos. Resultados: As relações no processo saúde-doença-cuidado, embora consolidadas na rede de serviços e nas rotinas de trabalho, ainda são sensíveis às condições estruturais da instituição e às especificidades dos sujeitos. Estigmas e discriminação comparecem, como marcadores sociais da diferença, de gênero, raça, classe social e suas intersecções associadas ao adoecimento. Os profissionais assumem limitações no trabalho, como despreparo profissional, falta de conhecimento específico e manejo do paciente. Para melhorias apontam atuação multidisciplinar, articulação com a rede de serviços e capacitação da equipe. Conclusão: Apesar dos avanços nos cuidados às pessoas privadas de liberdade e às pessoas com uso de drogas, as ações em saúde devem trabalhar para reduzir as vulnerabilidades, sem deixar de lado o combate às desigualdades sociais e a proteção dos direitos humanos. Faz-se necessário superar as barreiras institucionais, pessoais, a abordagem biológica na relação saúde-doença e incluir a participação social para consolidar uma perspectiva que promova e potencialize a autonomia dos sujeitos e ampliem sua capacidade de viver com dignidade.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/20392
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsopen access
dc.subjectProfissionais de saúde
dc.subjectPessoa privada de liberdade
dc.subjectAcesso à saúde
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titlePercepção dos profissionais de saúde de um hospital universitário em relação às pessoas privadas de liberdade e usuários de drogas
dc.typemasterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
CarlaNevesMarson-2025-Dissertacao.pdf
Tamanho:
2.16 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: