Efeito da suplementação de cafeína sobre o dano muscular induzido pelo exercício

dc.contributor.advisor1Ferreira, Lucas Guimarães
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-2970-7355
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8350903757370960
dc.contributor.authorCaldas, Leonardo Carvalho
dc.contributor.referee1Siqueira Filho, Mario Alves de
dc.contributor.referee2Haraguchi, Fabiano Kenji
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000000210198888
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/7280084109670510
dc.contributor.referee3Pedroso, João Alfredo Bolivar
dc.contributor.referee4Maia, Adriano Fortes
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/0599968037984955
dc.date.accessioned2024-05-30T01:41:05Z
dc.date.available2024-05-30T01:41:05Z
dc.date.issued2022-12-20
dc.description.abstractEIMD is a common phenomenon when performing unusual or strenuous exercise, characterized by physical damage to muscle fibers at the macro and microstructural level, involving sarcomeres, cell membrane and connective tissue. EIMD is characterized by a temporary decrease in force production capacity, reduced range of motion, swelling of the affected limb, increased stiffness and delayed onset muscle soreness. Previous studies have shown that caffeine ingestion attenuates delayed onset muscle soreness, reduces strength loss, and reduces circulating levels of blood markers of muscle damage. However, the evidence is not conclusive and the beneficial effects of caffeine intake on EIMD are not always observed. Differences between studies may be related to several possible factors, such o timing of supplementation (pre- or post-event causing muscle damage), duration of supplementation protocol (e.g., acute versus chronic), and methods used to assess muscle damage. (e.g. pain perception, loss of strength and blood markers of damage). Several studies have investigated the effect of caffeine using only one indirect marker of muscle damage, although it is unclear whether caffeine has a direct effect on each of these markers or whether there is an interaction between them. For example, would the decrease in pain perception with caffeine supplementation also be related to lower loss of strength and circulating levels of creatine kinase after EIMD? Or do these effects happen independently? The thesis is presented in the Scandinavian model, that is, in the format of two articles containing the following structures: Introduction, material and methods, results, discussion and conclusion. For the first study, a systematic review was performed following the steps as proposed by the Cochrane Handbook. The electronic search included four databases: PubMed, Scopus, Cochrane and Bireme and the following Boolean terms and operators were used: “caffeine” AND “muscle damage” OR “exercise induced muscle damage” OR “soreness” OR “delayed onset muscle soreness” OR “pain”. The search was conducted between December 2020 and January 2022. Fourteen studies were included, evaluating the effect of caffeine on indirect markers of muscle damage, including blood markers (nine studies), pain perception (six studies) and maximal voluntary contraction force (four studies). It was observed in four studies that repeated administration of caffeine between 24 and 72 h after muscle damage can attenuate the perception of pain in magnitudes ranging from 3.9% to 26%. The use of a single dose of caffeine pre-exercise (five studies) or post exercise (one study) did not alter the circulating blood levels of creatine kinase (CK). Caffeine supplementation appears to attenuate pain perception, but this does not appear to be related to an attenuation of EIMD, per se. Furthermore, the effect of caffeine supplementation after muscle damage on strength recovery remains inconclusive due to the low number of studies found (four studies) and controversial results for both dynamic and isometric strength tests. The second study aimed to investigate the effect of caffeine supplementation on muscle damage induced by exercise involving the upper limb. Twelve men with a mean age of 27.2 ± 3.3 SD, with a mean consumption of 230 ± 159 mg/day of caffeine and no previous experience with strength training in the last 3 months were recruited. A double-blind crossover design lasting 4 weeks, separated by 1 week of whashout, was used. The subjects received doses of 6mg/kg of body weight of caffeine or placebo ingested at the moments: pre, post eccentric exercise, 24h, 48h and 72h after muscle damage. Using the factorial ANOVA Supplementation x Time (2x5), reductions in maximum voluntary contraction force, reduction in range of motion, increase in muscle soreness and increase in circumference of the exercised limb were observed, which lasted for 72 hours after eccentric exercise. Furthermore, no difference was observed between caffeine and placebo conditions. This study concluded that caffeine supplementation was not able to attenuate EIMD in the upper limb in men who are regular caffeine consumers.
dc.description.resumoO DMIE é um fenômeno comum ao realizar um exercício não habitual ou extenuante, caracterizado por danos físicos nas fibras musculares a nível macro e microestrutural, envolvendo os sarcômeros, a membrana celular e o tecido conjuntivo. O DMIE é caracterizado por diminuição temporária na capacidade de produção de força, redução da amplitude de movimento, inchaço do membro afetado, aumento da rigidez e dor muscular tardia. Estudos prévios demonstraram que a ingestão de cafeína atenua a dor muscular tardia, reduz a perda de força e reduz os níveis circulantes de marcadores sanguíneos de lesão muscular. No entanto, as evidências não são conclusivas e os efeitos benéficos da ingestão de cafeína no DMIE nem sempre são observados. As diferenças entre os estudos podem estar relacionadas a vários fatores possíveis, como o momento da suplementação (pré ou pós evento causador do dano muscular), duração do protocolo de suplementação (por exemplo, agudo versus crônico) e métodos usados para avaliar o dano muscular (por exemplo, percepção da dor, perda de força e marcadores sanguíneos de lesão). Vários estudos investigaram o efeito da cafeína usando apenas um marcador indireto de dano muscular, embora não esteja claro se a cafeína tem efeito direto sobre cada um desses marcadores ou se há interação entre eles. Por exemplo, a diminuição da percepção da dor com a suplementação de cafeína também estaria relacionada a menores perdas de força e níveis circulantes de creatina quinase após DMIE? Ou esses efeitos acontecem de forma independente? A tese é apresentada no modelo escandinavo, ou seja, no formato de dois artigos contendo as seguintes estruturas: Introdução, material e métodos, resultados, discussão e conclusão. Para o primeiro estudo foi realizada uma revisão sistemática seguindo as etapas conforme proposta pelo Cochrane Handbook. A busca eletrônica incluiu quatro bases de dados: PubMed, Scopus, Cochrane e Bireme e os seguintes termos e operadores booleanos foram utilizados: “caffeine” AND “muscle damage” OR “exercise induced muscle damage” OR “soreness” OR “delayed onset muscle soreness” OR “pain”. A busca foi realizada entre dezembro de 2020 até janeiro de 2022. Quatorze estudos foram incluídos, avaliando o efeito da cafeína em marcadores indiretos de dano muscular, incluindo marcadores sanguíneos (nove estudos), percepção da dor (seis estudos) e força de contração voluntária máxima (quatro estudos). Foi observado em quatro estudos que a administração de doses repetidas de cafeína entre 24 h e 72 h após a lesão muscular pode atenuar a percepção de dor em magnitudes que variam de 3,9% a 26%. O uso de uma única dose de cafeína pré-exercício (cinco estudos) ou pós-exercício (um estudo) não alterou os níveis sanguíneos circulantes de creatina quinase (CK). A suplementação de cafeína contribui para atenuar a percepção da dor, mas isso não parece estar relacionado a uma atenuação do dano muscular em si. Além disso, o efeito da suplementação de cafeína após o dano muscular na recuperação da força permanece inconclusivo devido ao baixo número de estudos encontrados (quatro estudos) e resultados controversos para testes de força dinâmica e isométrica. O segundo estudo teve como objetivo de investigar o efeito da suplementação de cafeína no dano muscular induzido pelo exercício envolvendo o membro superior. Foram recrutados 12 homens com idade média de 27,2 ± 3,3 DP, com consumo médio 230 ± 159 mg/dia de cafeína e sem experiência prévia com treino de força nos últimos 3 meses. Foi utilizado um delineamento cruzado duplo cego com duração de 4 semanas, separados por 1 semana de whashout. Os sujeitos receberam doses de 6mg/kg de peso corporal de cafeína ou placebo ingeridos nos momentos: pré, pós exercício excêntrico, 24h, 48h e 72h após o dano muscular. Utilizando a ANOVA fatorial Suplementação x Tempo (2x5) foram observadas reduções na força de contração voluntária máxima, perda de amplitude de movimento, aumento da dor muscular tardia e aumento da circunferência do membro exercitado que perduraram por 72h após o exercício excêntrico, além disso não foi observada diferença entre as condições cafeína e placebo. Esse estudo concluiu que a suplementação de cafeína não foi capaz de atenuar o DMIE no membro superior em homens consumidores habituais de cafeína.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/16526
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Educação Física
dc.publisher.departmentCentro de Educação Física e Desportos
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação Física
dc.rightsopen access
dc.subjectContrações excêntricas
dc.subjectDano muscular
dc.subjectDor muscular de início tardio
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqEducação Física
dc.titleEfeito da suplementação de cafeína sobre o dano muscular induzido pelo exercício
dc.typedoctoralThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
LeonardoCarvalhoCaldas-2022-tese.pdf
Tamanho:
7.77 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: