Classificações de risco gestacional e desigualdades sociais em saúde

dc.contributor.advisorSantos Neto, Edson Theodoro dos
dc.contributor.advisor-coEsposti, Carolina Dutra Deglipor
dc.contributor.refereeOliveira, Adauto Emmerich
dc.contributor.refereeZandonade, Eliana
dc.contributor.refereeLeite, Franciéle Marabotti Costa
dc.date.accessioned2018-08-23T21:52:24Z
dc.date.available2018-08-23
dc.date.available2018-08-23T21:52:24Z
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/10115
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santopor
dc.publisher.countryBRpor
dc.publisher.courseMestrado em Saúde Coletivapor
dc.publisher.initialsUFESpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletivapor
dc.subject.br-rjbnGravidez - Complicaçõespor
dc.subject.br-rjbnCuidado pré-natalpor
dc.subject.cnpqSaúde Coletivapor
dc.subject.udc614
dc.titleClassificações de risco gestacional e desigualdades sociais em saúdepor
dc.typemasterThesiseng
dcterms.abstractA classificação do risco gestacional vem sendo utilizada como instrumento para identificação dos condicionantes de risco e, em consequência, conduzindo o planejamento dos cuidados dispensados à gestante, tornando-o um regulador do cuidado pré-natal. Diante dessa temática, as desigualdades sociais em saúde ganham nítida relevância e surgem como sinalizadores para a saúde materna. O objetivo deste estudo foi analisar as classificações do risco gestacional e as desigualdades sociais em saúde em duas regiões do estado do Espírito Santo, Brasil. Estudos transversais com representação da população do Sistema Único de Saúde (SUS). As análises foram realizadas com base na conjugação dos dados de 1035 puérperas oriundas da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) - Espírito Santo (ES) e 742 puérperas da Microrregião São Mateus (MRSM) - ES, com base nos cálculos de frequências absoluta e relativa e de intervalo de confiança de 95%. Foram verificados os níveis de concordância entre dois métodos de classificação do risco gestacional Ministério da Saúde (MS) e Organização PanAmericana de Saúde (OPAS) e o Autorrelato, por meio dos testes de Kappa e Kappa ajustado pela prevalência, além da análise bivariada utilizando o teste Qui-quadrado de associação de Yates e a Regressão Logística Multivariada para as variáveis com nível de significância menor que 20%, permanecendo no modelo final as variáveis explicativas com nível de significância menor que 5%. Os fatores que mais contribuíram com a classificação da mulher nos níveis de risco gestacional no método do MS foram: situação conjugal insegura (19,2%), peso pré-gestacional inadequado (17,7%), fumo e álcool (17,7%), o intervalo interpartal <2 anos (25,4%) e exposição ao risco ocupacional (27,0%), enquanto na classificação risco gestacional da OPAS foram os problemas de saúde bucal na gestação (42,2%). Em ambos os métodos, a história de aborto (18,5% - MS e 22,8% - OPAS), a cirurgia uterina anterior (49,8% - MS e OPAS), ganho de peso inadequado e muito inadequado (67,1%), infecção de urina (27,8%), anemia (29,5%) e a hipertensão gestacional (10,2%) foram os que mais colaboraram para classificação do risco gestacional. A concordância entre o método de classificação de risco do MS e da OPAS foi moderada (Kappa= 0,45; p-valor <0,05) e ruim entre o método do MS e o autorrelato (Kappa 0,05; p-valor<0,05) e a OPAS e o autorrelato (Kappa 0,01; pvalor<0,05). Encontrou-se associação entre alto risco gestacional classificado pelo método do MS e o local de moradia da mulher na RMGV-ES (OR=1,74; IC 95%: 1,32- 2,28), a chefia da mulher na família (OR=3,03; IC 95%: 1,64-5,61), a escolaridade da chefia familiar menor que cinco anos (OR=1,58; IC 95%: 1,14-2,20) e o recebimento do benefício social Bolsa Família (OR=1,46; IC 95%: 1,04-2,03). As condições que emergem na avaliação do risco gestacional, quando controladas ou eliminadas, podem contribuir para uma gestação sem muitas intervenções e com desfechos favoráveis. Porém, é necessário ampliar o escopo dos fatores sociais que compõem a classificação de risco, visto que o estudo evidenciou outros fatores sociais os quais também podem ser produtores do risco gestacional.por
dcterms.abstractThe classification of gestational risk has been used as an instrument to identify the risk factors and, consequently, leading the planning of the care given to the pregnant woman, making it a regulator of prenatal care. Faced with this issue, the social inequalities in health are clearly relevant and appear as indicators for maternal health. The objective of this study was to analyze the gestational risk classifications and social inequalities in health in two regions of Espírito Santo state, Brazil. Cross-sectional studies with representation of the population of the Unified Health System (SUS). The analyzes were carried out starting from the conjugation of the data of 1035 puerperae from the Greater Vitória Metropolitan Region (RMGV) - Espírito Santo (ES) and 742 puerperas from the São Mateus Microregion (MRSM) - ES, based on absolute and relative frequency calculations and a 95% confidence interval. The levels of concordance between two methods of gestational risk classification (Ministry of Health (MS), Pan American Health Organization (PAHO)) and self-report were verified through the Kappa and Kappa tests adjusted for prevalence.Was also madethe bivariate analysis using the Chi-square association test of Yates and The Multivariate Logistic Regression for the variables with significance level lower than 20%, remaining in the final model the explanatory variables with a level of significance lower than 5%. The factors that most contributed to the classification of women in gestational risk levels in the MS method were: unsafe marital status (19.2%), inadequate pregestational weight (17.7%), smoking and alcohol (17.7%), the interpartal interval (25.4%) and exposure to occupational risk (27.0%), while in the PAHO gestational risk classification were oral health problems during gestation (42.2%). In both methods, the history of abortion (18.5% - MS and 22.8% - PAHO), previous uterine surgery (49.8% - MS and PAHO), inadequate and very inadequate weight gain (67,1%), urinary tract infection (27.8%), anemia (29.5%) and gestational hypertension (10.2%) were the ones that most contributed to the classification of gestational risk. The agreement between the method of risk classification of MS and PAHO was moderate (Kappa = 0.45, p-value <0.05) and poor between the MS method and self-report (Kappa 0.05; pvalue <0.05) and PAHO and self-report (Kappa 0.01; p-value <0.05). The association between high gestational risk was classified according to the MS method and the place of residence of the woman in the RMGV-ES (OR = 1.74, 95%, CI: 1.32-2.28), the head of the woman in the family (OR = 3.03, 95%, CI: 1.64-5.61), schooling of the family heads less than five years old (OR = 1.58, 95%, CI: 1.14-2.20), and Receiving the "Bolsa Família" social benefit (OR = 1.46, 95%, CI 1.04-2.03). The conditions that emerge in the assessment of gestational risk, when controlled or eliminated, can contribute to a pregnancy without many interventions and with favorable outcomes. However, it is necessary to broaden the scope of the social factors that make up the risk classification, since the study showed other social factors that may also be the producers of gestational risk.eng
dcterms.creatorGarcia, Érica Marvila
dcterms.formatTexteng
dcterms.issued2017-05-30
dcterms.languagePorpor
dcterms.subjectGravidez de alto riscopor
dcterms.subjectDesigualdades em saúdepor
dcterms.subjectGravidezpor
dcterms.subjectPregnancy high-riskeng
dcterms.subjectHealth inequalitieseng
dcterms.subjectPrenatal careeng
dcterms.subjectPregnancyeng
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
tese_11095_Dissertação versão final.pdf
Tamanho:
1.72 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: