Uma proposta de análise do coping no contexto de grupo de mães de bebês prematuros e com baixo peso na unidade de terapia intensiva neonatal

dc.contributor.advisorEnumo, Sônia Regina Fiorim
dc.contributor.advisor-coPaula, Kely Maria Pereira de
dc.contributor.refereeCrepaldi, Maria Aparecida
dc.contributor.refereePerosa, Gimol Benzaquen
dc.contributor.refereeMenandro, Paulo Rogério Meira
dc.contributor.refereeLoss, Alessandra Brunoro Motta
dc.date.accessioned2016-08-29T14:10:38Z
dc.date.available2016-07-11
dc.date.available2016-08-29T14:10:38Z
dc.identifier.citationRAMOS, Fabiana Pinheiro. Uma proposta de análise do coping no contexto de grupo de mães de bebês prematuros e com baixo peso na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 2012. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitoria, 2012.por
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/3134
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santopor
dc.publisher.countryBRpor
dc.publisher.courseDoutorado em Psicologiapor
dc.publisher.initialsUFESpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologiapor
dc.rightsopen accessen
dc.subject.br-rjbnPrematurospor
dc.subject.br-rjbnBaixo peso ao nascerpor
dc.subject.br-rjbnAjustamento (Psicologia)por
dc.subject.br-rjbnPsicologia clínica de grupopor
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.subject.udc159.9
dc.titleUma proposta de análise do coping no contexto de grupo de mães de bebês prematuros e com baixo peso na unidade de terapia intensiva neonatalpor
dc.title.alternativeA proposed analysis of coping in the context of a group of mothers of preterm and low birth weight newborns in the Neonatal Intensive Care Unitpor
dc.typedoctorThesisen
dcterms.abstractA Teoria Motivacional do Coping define o enfrentamento como o processo de autorregulação do comportamento, da emoção e da orientação motivacional em condições de estresse psicológico, com o objetivo de manter, restaurar ou reparar necessidades psicológicas básicas de relacionamento, competência e autonomia. Os estressores podem ser percebidos como ameaça ou desafio e seu enfrentamento é analisado em 12 famílias, consideradas o nível mais alto da estrutura hierárquica do coping, segundo seu desfecho adaptativo: (a) positivo (autoconfiança, busca de suporte, resolução de problemas, busca de informações, acomodação e negociação); e (b) negativo (delegação, isolamento, desamparo, fuga, submissão e oposição). Aplicou-se esta abordagem na análise do coping da hospitalização do bebê internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) por prematuridade e/ou baixo peso (PT-BP), no contexto de Grupo de Mães (GM), em uma maternidade pública. As participantes foram abordadas no próprio hospital e, após a explicação dos procedimentos da pesquisa, deram seu consentimento por escrito. Foram coletadas as variáveis neonatais na Ficha do Bebê e as 25 mães compuseram uma amostra de conveniência, e preencheram: (a) Protocolo de Registro de Dados Gerais, (b) Critério de Classificação Econômica Brasil, (c) Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), e (d) Questionário Momento da Notícia. Depois, participaram de um dos 7 GM (2-7 participantes), com metodologia breve e estruturada e composto por: Sessão 1 - Características do bebê e da UTIN - com um Questionário de Avaliação da Intervenção (QUAI); e Sessão 2 - Desenvolvimento infantil e cuidados após a alta hospitalar com Livro de Apoio à Intervenção, QUAI, um Inventário de Satisfação do Usuário e uma entrevista individual sobre o enfrentamento. Três observadores treinados preencheram: (a) Protocolo de Registro de Sessão, (b) Protocolo de Avaliação do Comportamento Verbal e Não Verbal das Mães em Situação de Grupo, e (c) Instrumento de Observação do Padrão de Interação do Mediador em Situação de Grupo. No seguimento, após a alta hospitalar, as mães foram entrevistadas e preencheram a Escala de Eventos Vitais e a EMEP. A análise do processo de enfrentamento mostrou que o momento da notícia da hospitalização e a primeira visita à UTIN causaram grande impacto emocional, com reações de tristeza, preocupação, medo e surpresa, compartilhadas pelos pais. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas durante a hospitalização pertenciam às famílias de coping: autoconfiança, negociação, acomodação (mediadas principalmente por crenças religiosas) e busca de suporte (sobretudo do marido/companheiro), percebendo-se a situação como desafio e fonte de amadurecimento pessoal; mas ocorreram também estratégias menos adaptativas como a delegação. Houve correlações significativas entre: (a) nível socioeconômico mais alto e uso de estratégias relacionadas à necessidade de relacionamento; (b) mães multíparas e desamparo, fuga e oposição e estratégias de enfrentamento agrupadas como percepção de ameaça; (c) mães que não trabalhavam fora de casa e autoconfiança; e (d) maior número de dias de internação do bebê e menor delegação. Após a alta hospitalar, a maioria não relatou ter dificuldades com os bebês, apresentando maiores médias de negociação, autoconfiança, acomodação e busca de suporte e redução significativa de delegação. Duas mães enfrentaram diferentemente a perda dos filhos: com autoconfiança e resolução de problemas, e outra com negociação e autoconfiança; mas ambas apoiando-se na religião. Os GM tiveram boa adesão e avaliação pela aprendizagem, suporte psicológico oferecido e troca de experiências entre as mães, que relataram sentir-se melhor após as sessões. A mediadora do GM seguiu os critérios para a promoção do coping, especialmente no fornecimento de estrutura (contexto previsível, contingente e consistente). Os dados sugerem que o GM ajudou a promover o coping dessas mães ao alterar sua percepção de controle e de suporte social, e aumentar a satisfação de suas necessidades de competência e de relacionamento. Esta pesquisa apresentou a viabilidade do sistema de 12 famílias de coping para a análise do enfrentamento em adultos, forneceu contribuições teórico-metodológicas ao estudo do coping, e ampliou o conhecimento sobre o tema central ao identificar e analisar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas mães na relação com o estressor - hospitalização do bebê PT-BP em UTIN em vários momentos, mapeando o processo de enfrentamento dessas mães. Além disso, mostrou a importância de intervenções breves em Psicologia Pediátrica, capazes de promover o enfrentamento. Espera-se que as melhorias no processo de enfrentamento geradas pela participação das mães nesta pesquisa possam ter tido, no longo prazo, resultados positivos na sua saúde física e mental, e, cumulativamente, no curso do desenvolvimento de seus bebês. Palavras-chave: 1) Enfrentamento; 2) Coping; 3) Intervenção Psicológica; 4) Nascimento Prematuro; 5) Grupos de Apoio.por
dcterms.abstractThe Motivational Theory of Coping defines coping as the process of self-regulation of behavior, emotion and motivational orientation in conditions of psychological stress, in order to maintain, restore or repair basic psychological needs of relatedness, competence and autonomy. Stressors may be perceived as a threat or challenge and coping is parsed into 12 "families", which represent the highest level of the hierarchical structure of coping, according to its adaptive outcome: (a) positive - self-reliance, support seeking, problem solving, information seeking, accommodation and negotiation; and (b) negative - delegation, isolation, helplessness, escape, submission and opposition. This approach was applied in the analysis of coping of the hospitalization of a newborn admitted to the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) for preterm birth and/or low birth weight (PT–LW) in the context of a Group of Mothers (GM) in a public hospital. The participants were approached in the hospital and, after the research procedures explanation, they gave their written consent. Neonatal variables were collected on the Baby Form and 25 mothers comprised a convenience sample, and filled: (a) General Data Registration Protocol; (b) Brazil Criterion of Economic Classification; (c) The Ways of Coping Checklist (Brazilian version - EMEP); and (d) The Moment of the News Questionnaire. Then, they participated in one of the seven GM (2-7 participants), with brief and structured methodology and comprising: Session 1 - Characteristics of the baby and the NICU - with a Intervention Assessment Questionnaire (IAQ); and Session 2 - Child development and care following hospital discharge - with Book of Support to Intervention, IAQ, a User Satisfaction Inventory and an individual interview about coping. Three trained observers filled in: (a) Session Registration Protocol; (b) Protocol for Evaluation of Verbal and Nonverbal Behavior of Mothers in a Group Situation; and (c) Observation Instrument of the Mediator's Interaction Pattern in a Group Situation. During follow up after hospital discharge, mothers were interviewed and completed the Vital Events Scale and EMEP. The analyses of the coping process showed that the moment of the news of hospitalization and the first visit to the NICU caused great emotional impact, with reactions of sadness, worry, fear and surprise, shared by the parents. The coping strategies most frequently used during hospitalization belonged to families of coping self-reliance, negotiation andaccommodation (mediated primarily by religious belief) and support seeking (especially from husband/partner), perceiving the situation as a challenge and source of personal growth; but less adaptive strategies, such as delegation, also occurred. There were significant correlations between: (a) higher socioeconomic level and use of strategies related to the need for relatedness, (b) multiparous mothers and helplessness, escape and opposition and coping strategies grouped as perception of threat, (c) mothers who were not working out of home and self-reliance, and (d) greatest number of days of baby's hospitalization and less delegation. After hospital discharge, most did not report having difficulties with the babies, presenting higher average of negotiation, self-reliance, accommodation and seeking support and a significant reduction of delegation. Two mothers faced the loss of their children differently: with self-reliance and problem solving, and the other with negotiation and self-reliance, but both of them relied on religion. The GM had good adherence and positive evaluation due to learning, psychological support offered and exchange of experiences among mothers who reported feeling better after the sessions. The mediator of the GM followed the criteria for promoting coping, especially in providing structure (a predictable, consistent and contingent context). The data suggest that GM has helped promote the coping of these mothers when changing their perception of control and social support, and enhancing the satisfaction of their needs for competence and relatedness. This research presented the workability of the 12 families of coping system for the analysis of coping in adults, provided theoretical and methodological contributions to the study of coping, and broadened knowledge about the central theme by identifying and analyzing the coping strategies used by mothers in relation to the stressor – hospitalization in the NICU of PT–LW newborn's – on several occasions, mapping the process of coping with these mothers. Additionally, it has shown the importance of brief interventions in Pediatric Psychology, enabling coping promotion. It is expected that improvements in the coping process generated by the participation of the mothers in this research may have had, in the long term, positive results in their physical and mental health, and, cumulatively, in the course of their babies’ development.en
dcterms.abstractLa Théorie Motivationnelle du Coping définit l’affrontement comme le processus d’autorégulation du comportement, de l’émotion et de l’orientation motivationnelle face à un stress psychologique, avec l’objectif de mantenir, de restaurer ou de réparer les besoins psychologiques élémentaires de relation, compétence et autonomie. Les stresseurs peuvent être perçus comme menace ou défi, et leur affrontement est analysé en 12 “familles”, qui représentent le plus haut niveau de la structure hiérarchique du coping, selon leur dénouement adaptatif: (a) positif - confiance en soi, recherche de soutien, résolution des problèmes, recherche d’information, ajustement/adaptation et négociation; et (b) négatif - délégation, isolement, désemparement, évitement, soumission et opposition. On a appliqué cette approche à l’analyse du coping de l’hospitalisation de bébés admis à l’ Unité de Soins Intensifs Néonataux (USIN) pour les prématurés et/ou les bébés de petit poids (PM-PP), au sein d’un Groupe de Mères (GM), dans une maternité publique. Les participantes ont été abordées au sein de l’hôpital même et, après l’explication du processus de recherche, elles ont donné leur consentement écrit. Les données néonatales ont été collectées à partir des Fiches de Bébé, et les 25 mères, ayant constitué un échantillon type, ont rempli: (a) le Protocole d’Enregistrement des Données Générales ; (b) le Système de Classification Économique du Brésil ; (c) l’EMEP (sigle brésilien pour Echelle des modes d’affrontement des problèmes) ; et (d) le Questionnaire relatif au moment de la réception de la nouvelle. Ensuite, elles ont participé à l’un des 7 GM (2-7 participantes), selon une méthodologie courte et structurée, composée ainsi: Séance 1- Caractéristiques du bébé et de l’USIN- avec un Questionnaire de l’Évaluation de l’Intervention (QEI); et Séance 2- Développement de l’enfant et soins après la sortie – avec le Livre d’Appui à l’Intervention, QEI, une Evaluation de Satisfaction de l’Usager et un entretien individuel sur l’affrontement. Trois observateurs formés ont rempli: (a) un Compte Rendu de Séance ; (b) un Protocole d’Evaluation du Comportement Verbal et Non-verbal des Mères en Situation de Groupe; et (c) un Instrument d’Observation du Mode d’Interaction du Médiateur en Situation de Groupe. Ensuite, après la sortie de l’hôpital, les mères ont été interrogées et ont rempli l’Echelle des Evénements Vitaux et l’EMEP. L´analyse du processus d’affrontement a montré que le moment de la nouvelle de l’hospitalisation et la première visite à l’USIN ont provoqué un grand choc émotionnel, avec des réactions de tristesse, de préoccupation, de peur et de surprise, partagées par les parents. Les stratégies d’affrontement les plus utilisées durant l’hospitalisation relèvent des familles du coping confiance en soi, négociation, ajustement/adaptation (principalement en ayant recours à des croyances religieuses) et recherche de soutien (avant tout du mari/compagnon). On s’aperçoit que la situation est un défi et source de maturation personnelle; mais on a également constaté des stratégies moins adaptatives comme la délégation. On a trouvé des corrélations significatives entre : (a) un niveau socio-économique élevé et l’utilisation de stratégies liées à la nécessité de relation; (b) des mères multipares et le désemparement, l’évitement et l’opposition ainsi que des stratégies d’affrontement relevant de la perception d’une menace; (c) des mères qui n’exerçaient pas d’activité professionnelle et la confiance en soi; et (d) un plus grand nombre de jours d’hospitalisation du bébé et moins de délégation. Après la sortie de l’hôpital, la majorité n’a pas exprimé de difficulté avec les bébés et présentait plusieurs outils de négociation, confiance en soi, ajustement/adaptation et recherche de soutien, ainsi qu’une réduction significative de la délégation. Deux mères ont fait face différemment à la perte de leur enfant: l’une avec la confiance en soi et la résolution de problème, l’autre avec la négociation et la confiance en soi. Mais toutes les deux en s’appuyant sur la religion. Les GM ont rencontré une bonne adhésion et une évaluation positive grâce à l’apprentissage, au soutien psychologique apporté, et à l’échange d’expérience entre les mères, qui ont dit s’être mieux senties après ces séances. La médiatrice du GM a obéi aux critères de promotion du coping, en particulier pour fournir un cadre (contexte prévisible, contingent et cohérent). Ces données suggèrent que le GM a aidé à promouvoir le coping de ces mères en modifiant leur perception du contrôle et du soutien social, et en augmentant la satisfaction de leurs besoins en compétence et en attachement/relation. Cette recherche a présenté la viabilité du système des 12 familles de coping pour analyser les stratégies d’affrontement chez les adultes, elle a apporté des contributions théorico-méthodologiques à l’étude du coping, et a amplifié la connaissance du thème central en identifiant et en analysant les stratégies d’affrontement utilisées par les mères en présence d’un stresseur – hospitalisation d’un bébé PM-PP à l’USIN – à différents moments, pour faire la carthografie du processus d’affrontement de ces mères. En outre, elle a démontré l’importance des interventions courtes en Psychologie Pédiatrique, lesquelles permettent de promouvoir les stratégies d’affrontement. On s’attend à ce que les améliorations dans le processus d’affrontement générées par la participation des mères à cette recherche puissent, dans le long terme, apporter des résultats positifs pour la santé physique et mentale de ces mères, et, par effet cumulatif, au cours du développement de leurs bébés.fre
dcterms.creatorRamos, Fabiana Pinheiro
dcterms.formatTexten
dcterms.issued2012-08-31
dcterms.subjectNascimento prematuropor
dcterms.subjectIntervenção Psicológicapor
dcterms.subjectEnfrentamentopor
dcterms.subjectGrupos de apoiopor
dcterms.subjectCopingen
dcterms.subjectCoping Behavioren
dcterms.subjectPsychological Interventionen
dcterms.subjectPreterm birthen
dcterms.subjectSupport groupsen
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Fabiana-Pinheiro-Ramos-2012-trabalho.pdf
Tamanho:
14.49 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: