Entre grades e macas : costurando encontros e afetos com as pessoas em cumprimento de medida de segurança na Unidade de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Espírito Santo

dc.contributor.advisorDzu, Renata Costa Moura
dc.contributor.advisorSiqueira, Luziane de Assis Ruela
dc.contributor.refereeAlvarez, Jhonny Menezes
dc.contributor.refereeCesar, Janaína Mariano
dc.date.accessioned2018-12-20T13:33:12Z
dc.date.available2018-12-20
dc.date.available2018-12-20T13:33:12Z
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/10652
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santopor
dc.publisher.countryBRpor
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia Institucionalpor
dc.publisher.initialsUFESpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Institucionalpor
dc.subjectMedida de segurançapor
dc.subjectInimputabilidadepor
dc.subjectUnidade de custódia do ESpor
dc.subjectSafety measureeng
dc.subjectInimputabilidadeeng
dc.subjectUnit of custody of the ESeng
dc.subject.br-rjbnSaúde mentalpor
dc.subject.br-rjbnDoentes mentais - Medidas de segurança e detençãopor
dc.subject.br-rjbnResponsabilidade penalpor
dc.subject.cnpqPsicologiapor
dc.subject.udc159.9
dc.titleEntre grades e macas : costurando encontros e afetos com as pessoas em cumprimento de medida de segurança na Unidade de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Espírito Santopor
dc.typemasterThesiseng
dcterms.abstractOs “loucos” assim como os “criminosos” são, historicamente, considerados um risco em potencial à sociedade e por isso mesmo, são por ela excluídos. Mas, e quando falamos de “loucos criminosos”? A literatura aponta que essa parcela da população vem sofrendo por anos com a desassistência em seus direitos elementares, lançados aos manicômios ou mesmo em presídios comuns sem ao menos a oportunidade de um tratamento adequado ao seu estado de saúde. Quem determina o curso dessas vidas? Quem são essas pessoas, quais suas características, suas histórias? Essas indagações nos motivaram a desenvolver a presente pesquisa que tem por objetivo compreender quais aspectos da vida das pessoas com transtorno mental que cometeram crimes e estão em cumprimento de Medida de Segurança no Hospital de Custódia do ES, hoje chamado de Unidade de Custódia. Nossa aposta no ethos cartográfico e na pesquisa como acontecimento nos permitiu olhar para os dados dos prontuários e para os encontros com as pessoas que vivem na instituição de forma a perceber os jogos de força e as estratégias do poder que orientam nossa percepção acerca dessa população e também, conduzem suas vidas ao silenciamento e dominação. A leitura atenta de algumas obras de Foucault, como “Vigiar e punir” e “Infames da história” nos acompanharam no percurso e nos conduziu a um olhar crítico sobre o processo de construção da noção de louco como indivíduo perigoso, indigno de fala e existência no espaço social. O louco que ganha visibilidade após o choque com o poder, que toma essa vida e determina o que será dela. Favret-Saada, Suely Rolnik e outros contemporâneos nos apresentaram a possibilidade de um novo olhar para a pesquisa, um modo sensível e sensorial. Dessa forma, fomos trilhando os caminhos, descosturando e recosturando certezas, conhecendo histórias e sendo afetada por elas. Nos conduzimos pela via do acontecimentalizar, percebemos que as histórias contadas/escritas não correspondiam à história completa daquelas pessoas, que suas existências não se reduzem ao crime outrora praticado e que os conduziu à aquela instituição. Não concluímos, não o podemos fazer, encerramos essa pesquisa compreendendo que é preciso conhecer o humano que habita o manicômio, conhecer sua loucura e sua história é romper com o paradigma de que são apenas “loucos e criminosos”. Conhecer suas histórias é apostar na vida que pulsa e que pode ser livre, livre da dor, da morte e do abandono.por
dcterms.abstract"Fools" as well as "criminals" are historically considered to be a potential risk to society and therefore are excluded by it. But what about "crazy criminals"? The literature indicates that this part of the population has been suffering for years with the lack of assistance in their basic rights, placed in asylum or even in common prisons without at least the opportunity of an appropriate treatment for their state of health. What determines the course of these lives? Who are these people, what are their characteristics, their stories? These inquiries have motivated us to develop the present research that aims to understand which aspects of the life of people with mental disorder who have committed crimes and are in compliance with Security Measure at the Hospital of Custody of the ES, today called Unit of Custody. Our focus on the cartographic ethos and the research as an event allowed us to look at data from the charts and meetings with people living in the institution in order to perceive the power games and the strategies of power that guide our perception about this population and also, lead their lives to silencing and domination. The attentive reading of some of Foucault's works, such as "Watch and Punish" and "Infamous of History" followed us along the way and led us to a critical look at the process of constructing the notion of madman as dangerous individual, unworthy of speech and existence in the social space. The madman who gains visibility after the clash with power, who takes this life and determines what will become of it. Favret-Saada, Suely Rolnik and other contemporaries presented us with the possibility of a new look at research, a sensitive and sensorial way. In this way, we have been walking the paths, breaking out and adding new certainties, knowing stories and being affected by them. We took the path of happening, we realized that the stories told / written did not correspond to the complete history of those people, that their existences are not reduced to the crime once practiced and that led them to that institution. We do not conclude, we can not do it, we close this research comprehending that it is necessary to know the human who inhabits the asylum, to know its madness and its history is to break with the paradigm that they are only "madmen and criminals." To know their stories is to bet on the life that pulsates and that can be free, free of pain, death and abandonment.eng
dcterms.creatorLopes, Priscila Simenc Rocha
dcterms.formattexteng
dcterms.issued2018-08-27
dcterms.languageporeng
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
tese_12491_Priscila Simenc Rocha Lopes.pdf
Tamanho:
948.72 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: