Error 404, infante corrompido: o acesso de crianças e adolescentes à pornografia online

dc.contributor.advisor1Zamboni, Jésio
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-0360-7284
dc.contributor.authorAlmeida, Júlio César Florencio de
dc.contributor.referee1Rodrigues, Alexsandro
dc.contributor.referee2Nardi, Henrique Caetano
dc.contributor.referee3Silva, Eder Amaral e
dc.date.accessioned2025-03-13T19:20:34Z
dc.date.available2025-03-13T19:20:34Z
dc.date.issued2024-09-17
dc.description.abstractThis research had several starting points, such as the researcher's personal experiences, who had and maintained contact with online pornography since his childhood, as well as the observation of how society weaves a contradictory and intense relationship with pornographic content. The question of children and adolescents' access to online pornography arose – tensioned in the research in the form of infants, as those who cannot talk about themselves –, not from a perspective that generally takes over the spaces of speech, that seeks problems and pathologizes, but rather from a perspective that tries to look at the experiences and how they are intertwined with the notions of sex, sexuality, development and mainly, childhood and capitalism. From this, the methodological path was traced by meeting with people who accessed online pornography as infants and talking about this experience, telling stories and narrating, in order to think about how these experiences are produced – thoughts inspired by the production of knowledge power in Foucault and Preciado's pharmacopornographic regime. There was no prior intention from the participating public; in fact, the vast majority invited themselves to participate as the research was being discussed in various spaces where the researcher circulated. Seven people in total participated. Since there were no specific cut-off points – except for online pornography, which cuts across an age range of the population that varied between 22 and 29 years old – the people participating were closer to the researcher's socialization cycle, therefore, there were five men and two women, all cisgender. Of the men, one declared himself brown and the rest were white. Of these, two were bisexual, one heterosexual and two homosexuals. The two participating women were also white; one was bisexual and the other heterosexual. The analysis of the narratives culminated in three main topics of discussion, the first being “Pornography: a family business” which considers the inseparable relationship between sexual secrets and family surveillance and the very birth of the modern family, linked to the development of capitalism. The second, “In the beginning was... pleasure?”, considered the different dynamics that the discovery of pleasures causes in conjunction with pornography, further demonstrating its complexity; and finally, “To fap or not to fap, that is the question”, where more problematic scenes and experiences were considered, not in the sense of pathological, but which, mainly in the participants’ experience, provoked a careful look or the experience of illness. Throughout the research, several topics were considered to delve deeper into what constitutes childhood, children, pornography, sexuality and pleasure in order to be able to complexify what we understand by infants’ access to pornography from a perspective that does not seek pathologization and the creation of more moral/sexual panic. We observed that, of the different dynamics, one that establishes it since the birth of the family, anti-masturbation campaigns and the attempt to create one or more pathologies involved with masturbation, is capitalism and the need to extract profit from the pleasure generated by bodies, even if they are children’s.
dc.description.resumoA presente pesquisa teve vários pontos de início, como as experiências pessoais do pesquisador, que desde sua infância teve e manteve contato com a pornografia online, bem como, na observação de como a sociedade tece uma relação contraditória e intensa com os conteúdos pornográficos. A partir disso, surgiu a questão do acesso de crianças e adolescentes – tensionados na pesquisa na forma de infantes, como aqueles que não podem falar sobre si mesmos – à pornografia online, não numa perspectiva que geralmente toma os espaços de fala, que procura problemas e patologiza, mas sim numa perspectiva que tenta olhar para as experiências e como elas estão imbricadas com as noções de sexo, sexualidade, desenvolvimento e principalmente, de infância e capitalismo. A partir disso, o caminho metodológico foi traçado em encontrar com pessoas que acessaram pornografia online enquanto infantes e conversar sobre essa experiência, contar histórias e narrar, para a partir disso, pensar como essas experiências são produzidas – pensamentos inspirados na produção de saber-poder em Foucault e no regime farmacopornográfico de Preciado. Não houve pretensão prévia do público participante, a grande maioria, na verdade, se convidou a participar na medida em que a pesquisa ia sendo comentada em diversos espaços em que o pesquisador circulava. Sete pessoas no total participaram. Devido a não ter recortes específicos – exceto o de ser pornografia online, que recorta uma faixa etária da população que variou entre 22 e 29 anos – as pessoas participantes foram mais próximas do ciclo de socialização do pesquisador, portanto, foram cinco homens e duas mulheres, todos cisgêneros. Dos homens, um se autodeclarou pardo e o restante, brancos. Destes, ainda, dois eram bissexuais, um heterossexual e dois homossexuais. As duas mulheres participantes eram também brancas e uma era bissexual e a outra, heterossexual. A análise das narrativas culminou em três tópicos principais de discussão, sendo o primeiro “Pornografia: um negócio de família” onde se pensa a indissociável relação entre os segredos sexuais e a vigilância familiar e o próprio nascimento da família moderna, atrelada ao desenvolvimento do capitalismo. O segundo “No princípio era o... prazer?”, foi pensado as diferentes dinâmicas que a descoberta dos prazeres causa em conjunto com a pornografia, demonstrando mais ainda sua complexidade e por fim, “Bater ou não bater, eis a questão”, onde foram pensadas cenas e experiências mais problemáticas, não no sentido de patológicas, mas que suscitaram, principalmente na experiência dos participantes, um olhar ou cuidadoso, ou a experiência de adoecimento. Ao longo da pesquisa, foram pensados vários tópicos para aprofundar o que se constitui como infância, criança, pornografia, sexualidade e prazer para conseguir complexificar o que entendemos por acesso de infantes à pornografia numa perspectiva que não busque patologização e a criação de mais pânico moral/sexual. Observamos que, das diferentes dinâmicas, uma instauradora que perpassa desde o nascimento da família, das campanhas anti masturbação e da tentativa de criar uma ou mais patologias envolvidas com a masturbação, está de frente o capital e a necessidade de extrair lucro do prazer gerado pelos corpos, mesmo que eles sejam infantis.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/18453
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia Institucional
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Institucional
dc.rightsopen access
dc.subjectAdolescentes
dc.subjectSexualidade
dc.subjectPornografia
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.titleError 404, infante corrompido: o acesso de crianças e adolescentes à pornografia online
dc.title.alternativeSurface water quality assessment: a local approach with a proposal for solid phase adsorption mitigation
dc.typemasterThesis
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