Caracterização sociodemográfica, clínica e itinerária do carcinoma escamocelular oral em um centro de referência do estado do Espírito Santo

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Data
2025-08-15
Autores
Guimarães, Mariana Barbosa
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Editor
Universidade Federal do Espírito Santo
Resumo
O carcinoma escamocelular (CEC) é tipo histopatológico mais comum do câncer de boca, ocupando o 8º lugar em incidência no Brasil. O sítio mais acometido é a borda lateral de língua, causado principalmente pelo alto consumo de tabaco e álcool, e o seu diagnóstico tardio é uma das principais causas de morbimortalidade elevada entre a população. Este estudo visa analisar o perfil dos pacientes portadores do CEC oral numa população do Espírito Santo (ES), de acordo com suas características sociodemográficas, clínicas e itinerária. Trata-se de um estudo transversal, coletado através de prontuários de pacientes submetidos a tratamento para o CEC oral no período de 2015 a 2023 em um centro de referência. Análise descritiva, Teste de Qui quadrado e Exato de Fisher foram utilizadas para análise das variáveis. Intervalos de tempos foram definidos para a investigação itinerária, bem como serviço ofertado e completude dos dados. Foram obtidos 48 casos, predominantemente homens (n=33, 68,7%), idade avançada (42 a 95 anos, média 60,7), pardos (n=33, 68,7%), tabagistas (n=19, 39,5%) e etilistas (n=21, 43,7%), com ensino fundamental incompleto (n=15, 31,2%). A maioria (n=29, 51,7%) das lesões estavam em língua, ulceradas e nodulares (n=26, 54,1%; n=10, 20,8%). A cirurgia foi o tratamento mais usado (n=35, 72,9%), e o serviço público o mais ofertado na consulta inicial (n=44, 91,6%) e tratamento (n=47, 100%). O intervalo da detecção da lesão pelo paciente até procurar atendimento em saúde obteve mediana de 6 (de 1 a 48) meses. O intervalo até o diagnóstico obteve mediana de 0,3 (de 0 a 65,7) meses, e o intervalo até o início do tratamento foi de 1 (de 0 a 15,8) mês. Houve associação entre pardos (p=0,04) e hipótese clínica de CEC (p=0,04) com o menor período de intervalo do paciente (0 6m), além da associação entre estágios iniciais I e II e tratamento cirúrgico (p=0,04). O perfil dos pacientes diagnosticados com CEC no ES evidenciam um padrão clássico e demonstram a relevância do serviço público. Os intervalos de tempo atendem a lei brasileira e seu estudo pode direcionar para políticas preventivas
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Palavras-chave
Câncer de boca , Carcinoma de células escamosas oral , Epidemiologia , Epidemiologia , Intervalos de referência , Intervalo para o tratamento
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