Educadoras negras falando sobre silêncios: veredas e encruzilhadas

dc.contributor.advisor1Paiva, Jacyara Silva de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9259877374436417
dc.contributor.authorFalcão, Muriel Rodrigues
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0003-6616-9781
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0059842578589299
dc.contributor.referee1Siqueira, Luziane de Assis Ruela
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6917111497820903
dc.contributor.referee2Moraes, Candida Andrade de
dc.date.accessioned2024-05-29T20:55:05Z
dc.date.available2024-05-29T20:55:05Z
dc.date.issued2023-08-25
dc.description.abstractHistorically, black women have played an important political role on the frontlines of struggle for the survival of the Brazilian black population, acting in cultural resistance and exercising family leadership, being responsible for sustenance, education and care for their children. In the field of social education, especially in initiatives aimed at assisting children and adolescents, there is also a significant role played by black women. On the other hand, it is also noticeable the scarcity of speech spaces that allow their participation in the formulation and improvement of public policies related to this field. Likewise, there is also a lack of production and dissemination of scientific knowledge that deals with the inclusion and contribution of these women in social education. Given this context, the question that guides this research arises: what do the individual experiences of black social educators female say about the collective experience of what it is to be a black women social educator? With the objective of listening and writing their stories and trajectories using art as a language, the study bet on Escrevivência as a methodology to compose the different stories of these women who work in territories marked by socioeconomic inequalities, but also endowed with potential. From these encounters and dialogue with art, the study provoked the rupture of silences, enabled the exchange of knowledge, contributing for their narratives to reach other spaces, beyond the field of their individual experiences. The study also evidenced the presence of black women as protagonists in social education and also in art, in order to contribute to confronting the processes of epistemological erasure, making it possible to appreciate the crossings involved in their stories. In the gaps of silence, the meetings with the educators constituted pedagogical, dialogic, participative and creative spaces. Their narratives were write-lived and discussed based on the concepts identified while diving. In them, experiences were found impregnated with knowledge compatible with ideas already theorized by the intelligentsia, which educators forged by practice are sometimes unaware of. Pains caused by the violence of racism and sexism were found. Experiences were found that give us evidence of Afrodiasporic ancestral practices that were not completely forgotten, erased. Found, above all, an immense desire to talk, to tell their stories, to talk about CaJun and talk about being a black women educator from their own perspective. Thus, carrying out this research encourages the preservation of memory about being a black women educator, enabling the understanding of the contributions of these educators to the formulation of CaJun - from a social project to public policy on social assistance, as well as understanding a little more about social education in Brazil, through a perspective guided by the centrality of gender and race.
dc.description.resumoHistoricamente, mulheres negras vêm desempenhando importante papel político nas frentes de luta pela sobrevivência da população negra brasileira, atuando na resistência cultural e exercendo a liderança familiar, sendo responsáveis pelo sustento, educação e cuidado com seus filhos. No campo da educação social, sobretudo em iniciativas que visam o atendimento a crianças e adolescentes, também há uma atuação expressiva de mulheres negras. Em contrapartida, é também perceptível a escassez de espaços de fala que oportunizem sua participação no âmbito da formulação e do aprimoramento das políticas públicas referentes a esse campo. Do mesmo modo, também há escassez de produção e difusão de conhecimento científico que trate sobre a inserção e contribuição dessas mulheres na educação social. Diante deste contexto, surge a questão que orienta esta pesquisa: o que as vivências individuais de educadoras sociais negras dizem sobre a experiência coletiva do que é ser educadora social negra? Com o objetivo de ouvir e escreviver suas histórias e trajetórias tendo a arte como linguagem, o estudo apostou na Escrevivência como metodologia para compor as diversas histórias destas mulheres que atuam em territórios marcados pelas desigualdades socioeconômicas, mas também dotados de potencialidades. A partir destes encontros e diálogo com a arte, o estudo provocou a ruptura de silêncios, possibilitou troca de saberes, contribuindo para que suas narrativas alcançem outros espaços, para além do campo das suas experiências individuais. O estudo também evidenciou a presença de mulheres negras como protagonistas na educação social e também na arte, de modo a contribuir para o enfrentamento aos processos de apagamento epistemológico, tornando possível a apreciação dos atravessamentos implicados em suas histórias. Nas frestas dos silêncios, os encontros com as educadoras se constituíram espaços pedagógicos, dialógicos, participativos e criativos. As suas narrativas foram escrevividas e discutidas a partir dos conceitos identificados nestes espaços. Neles, foram encontradas vivências impregnadas de saberes compatíveis com ideias já teorizadas pela intelectualidade, que educadoras forjadas pela prática por vezes desconhecem. Foram encontradas dores ocasionadas pelas violências do racismo e do sexismo. Também foram encontradas experiências que nos dão indícios de práticas ancestrais afrodiaspóricas que não foram completamente esquecidas, apagadas. E sobretudo, foi encontrada uma vontade imensa de falar, de contar suas histórias, de falar do CaJun e de falar sobre o ser educadora negra sobre a sua própria perspectiva. Assim, a realização desta pesquisa, estimula a preservação da memória sobre o ser educadora negra, possibilitando a compreensão das contribuições destas educadoras para a formulação do CaJun - de projeto social à política pública de assistência social, bem como compreender um pouco mais sobre educação social no Brasil, por meio de uma perspectiva orientada pela centralidade de gênero e de raça.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/12251
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia Institucional
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanas e Naturais
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Institucional
dc.rightsopen access
dc.subjectEducação social
dc.subjectGênero
dc.subjectRaça
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.titleEducadoras negras falando sobre silêncios: veredas e encruzilhadas
dc.typemasterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
MurielRodriguesFalcao-2023-dissertacao.pdf
Tamanho:
4.56 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição: