O lugar do sujeito nas intervenções precoces

dc.contributor.advisor1Lucero, Ariana
dc.contributor.authorRosi, Fernanda Stange
dc.contributor.referee1Vorcaro, Angela Maria Resende
dc.contributor.referee2Santos, Jorge Luís Gonçalves dos
dc.date.accessioned2019-04-12T02:09:58Z
dc.date.available2019-04-11
dc.date.available2019-04-12T02:09:58Z
dc.date.issued2019-03-29
dc.description.abstractThe Freudian concept of drive [Trieb] and its unfolding, re-laced under the Lacanian orientation, allowed a new conception of the body and of the Ego in the light of psychoanalysis. Taking as a starting point the organic to the dimension of the subject to language, which provoked a break with the idea of a development process that disregards the effects of the signifier on the organism and its functioning. In this work we turn to Marie-Christine Laznik's attentive reading of the circuit proposed by Lacan (1964/2008) for the formulation of his clinical hypothesis and model of early intervention in parent-baby interaction. Remaking the path of these psychoanalysts - Freud, Lacan and Laznik - we demonstrate how failure in the relationship between infans and the Other can be read in the body, in the very (dis)organization of bodily functions and in the productions of the baby, allowing for many contemporary authors to question the very first signs of a psychopathological referral, especially the autistic one. At this point, we should discuss the fact that, by receiving a small constrained child in his or her development and their parents, the professional approach and transferential management may expand or limit the possibilities of libidinal investment and, thus, influence the pathways of the subjective constitution. To consider the manifestations of the baby as manifestations of a subjectivity (even incipient, anticipated) is what seems to differentiate the early interventions sustained by the psychoanalytic theory and the so-called stimulations, in which we suppose to neglect the possible defenses of each subject. These are concerns that have gained strength in addressing the great controversy brought by Law 13.438 of April 2017, which suggests the investigation of "psychic risk" in all babies, and not only those ones who already have difficulties. The use of assessement protocols, even if elaborated from a psychoanalytic framework - as IRDI and PREAUT - divided the opinions of psychoanalysts involved with the field of childhood and, therefore, appears, in our discussion. When we inquire the (im) possibility of a prevention of psychic disorders, we finally endorse a look that is directed at subjective conditions that favor the family and social bond and also, consequently, the construction of ways that facilitate the emergence of a subject of desire.
dc.description.resumoO conceito freudiano de pulsão e seus desdobramentos, relidos sob a orientação lacaniana, permitiram uma nova concepção de corpo e de Eu à luz da psicanálise. Saímos do orgânico para a dimensão do sujeito submetido à linguagem, o que provocou um rompimento com a ideia de um processo de desenvolvimento que desconsidera os efeitos do significante sobre o organismo e seu funcionamento. Ao abordarmos os primórdios do psiquismo pela via pulsional, neste trabalho, retomamos a leitura atenta de Marie-Christine Laznik da montagem em circuito proposta por Lacan (1964/2008) para a formulação de sua hipótese clínica e modelo de intervenção precocíssima no laço pais-bebê. Refazendo o trajeto desses psicanalistas Freud, Lacan e Laznik demonstramos de que maneira o malogro na relação entre o infans e o Outro pode ser lido no corpo, na própria (des)organização das funções corporais e nas produções do bebê, permitindo a muitos autores contemporâneos interrogar os primeiros sinais de um encaminhamento psicopatológico, em especial o autístico. Neste ponto, coube discutirmos o fato de que, ao receber uma pequena criança constrangida em seu desenvolvimento e seus pais, a abordagem profissional e o manejo transferencial podem expandir ou limitar as possibilidades de investimento libidinal e, portanto, influenciar nos caminhos da constituição subjetiva. Considerar as manifestações do bebê como manifestações de uma subjetividade (mesmo incipiente, antecipada), é o que parece diferenciar as intervenções precoces sustentadas pela teoria psicanalítica e as chamadas estimulações, nas quais supomos negligenciadas as defesas possíveis a cada sujeito. São preocupações que ganharam força ao abordarmos a grande polêmica trazida pela Lei 13.438, de abril de 2017, que sugere a investigação de risco psíquico em todos os bebês, e não só nos que já se mostrem com dificuldades. O uso de protocolos de avaliação, mesmo que elaborados a partir de um referencial psicanalítico como o IRDI e o PREAUT , dividiu as opiniões de psicanalistas envolvidos com o campo da infância e aparece, por isso, em nossa discussão. Ao interrogarmos a (im)possibilidade de uma prevenção de transtornos psíquicos, sustentamos, por fim, um olhar que seja voltado às condições subjetivas que favoreçam o laço familiar, social e, consequentemente, a construção de caminhos que facilitem o surgimento de um sujeito de desejo.
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/11022
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Psicologia Institucional
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Institucional
dc.rightsopen access
dc.subjectIntervenção precocepor
dc.subject.br-rjbnPsicanálise infantil
dc.subject.br-rjbnSubjetividade
dc.subject.br-rjbnCrianças
dc.subject.cnpqPsicologia
dc.subject.udc159.9
dc.titleO lugar do sujeito nas intervenções precoces
dc.typemasterThesis
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