A ajuda que não ajuda: a ilusão da ajuda externa para o desenvolvimento socioeconômico do Haiti (1991-2020)

dc.contributor.advisor1Sampaio, Daniel Pereira
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7665386759198695
dc.contributor.authorExil, Wilgens
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0004-9131-815X
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5552948692460975
dc.contributor.referee1Sá, Mauro Thury de Vieira
dc.contributor.referee2Faleiros, Rogerio Naques
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000000312098458
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8623145444402957
dc.contributor.referee3Nogueira, Camilla dos Santos
dc.date.accessioned2024-05-29T20:55:19Z
dc.date.available2024-05-29T20:55:19Z
dc.date.issued2023-10-30
dc.description.abstractThis research studies Haiti's deepening economic dependence on its aid donors between 1991 and 2020. The research notes the historical process of Haiti's dependence, highlighting the role of France, the United States and Canada. It also analyzed the link between foreign aid and the deepening of economic dependency, based on the theory of Caribbean dependency. As a result, it emerged that Haiti's economic dependence is deepening, with international aid donations taking up a greater proportion of Haiti's public budget each year. This increased dependence on Haiti's public budget can be explained not by the country's lack of resources, but by the economic interests of the three main donor countries, the United States, France and Canada, which we call the imperial trident, with the aim of becoming involved in Haiti's internal decisions. Among the determining factors in attracting foreign aid are the pioneering independence by black slaves, its location close to Cuba and the Panama Canal, and the presence of natural resources. This is why the economic stability of this country can also influence that of other Caribbean countries, several of which are still considered as overseas countries. These aid donations are seen as a form of economic, political and social domination. They are made by disbursing large sums of money to carry out projects, structured by long chains of contracts, involving several NGOs from the donor country. However, close to 1% of the money disbursed for the donation stays in Haiti, the rest being appropriated by the long chain of negotiation and contracting with NGOs. The result of these projects, which we call Pwojè bidon, shows that these types of aid actually serve to keep Haiti economically dependent through a vicious circle of foreign aid.
dc.description.resumoEsta pesquisa estuda o agravamento da dependência econômica do Haiti em relação aos países doadores de ajuda externa durante o período de 1991 a 2020. A pesquisa resgatou o processo histórico de dependência do Haiti, destacando o papel da França, dos Estados Unidos e Canadá. Além disso, analisou a ligação entre ajuda externa e o agravamento da dependência econômica a partir da teoria da dependência caribenha. Como resultado, foi identificado que a dependência econômica do Haiti está se aprofundando, tendo em vista que as doações internacionais vêm ocupando a cada ano uma proporção maior do orçamento público do Haiti. Esse aumento da dependência do orçamento público do Haiti pode ser justificado, não pela insuficiência de recursos do país, mas pelos interesses econômicos dos três principais países doadores que são Estados Unidos, França e Canadá, que chamamos de tridente imperialista, com objetivo de ficarem relevantes nas decisões internas do Haiti. Dentre os elementos determinantes para atração de ajuda externa, podem ser destacados: o pioneirismo da independência dos escravos negros, localização próxima à Cuba e ao Canal do Panamá, bem como a presença de recursos naturais. Por isso, a estabilidade econômica desse país também pode influenciar a de demais países do Caribe, sendo que vários deles ainda são considerados como países ultramarinos. As doações aparecem como forma de dominação econômica, política e social. Elas são realizadas por meio de desembolso de volumosos recursos para realização de projetos, estruturados por longas cadeias de contratações, envolvendo várias ONG de origem do país doador. Contudo, uma parcela próxima a 1% dos valores desembolsados para a doação fica efetivamente no Haiti, sendo o restante apropriado pela longa cadeia de negociação e contratação das ONG. O resultado desses projetos, que chamamos de Pwojè bidon, mostra que esses tipos de ajuda servem, na verdade, para manter o Haiti numa dependência econômica através de um círculo vicioso da ajuda externa.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/12475
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Política Social
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Jurídicas e Econômicas
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Política Social
dc.rightsopen access
dc.subjectHaiti
dc.subjectAjuda externa
dc.subjectDependência econômica
dc.subject.cnpqServiço Social
dc.titleA ajuda que não ajuda: a ilusão da ajuda externa para o desenvolvimento socioeconômico do Haiti (1991-2020)
dc.typemasterThesis
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