Influência do gradiente altitudinal na composição da fauna de pequenos mamíferos em áreas de Mata Atlântica

dc.contributor.advisor1Costa, Leonora Pires
dc.contributor.authorVale, Victor
dc.contributor.referee1Gonçalves, Pablo Rodrigues
dc.contributor.referee2Paresque, Roberta
dc.date.available2020-11-09
dc.date.issued2015-08-28
dc.description.abstractThe Atlantic Forest is the biome with the largest altitudinal gradient in Brazil, where seven of the highest mountains in the country are located, and areas in the Espìrito Santo state alone cover the whole gradient. Consequently, this singularity makes this an ideal region to investigate the effects of the altitudinal gradient on the richness, diversity and the differential composition of non-volant small mammals communities. So, the aim of this study was to test the hypothesis of changes in non-volant small mammal composition along an elevational gradient covering a span of 3000m, divided into six intervals of 500m each. In order to accomplish that, and to fulfill the whole gradient, a survey was conducted in two protected areas of Espìrito Santo state: Forno Grande State Park (PEFG) (elevation from 1000 to 2000 m above sea – an interval gap of data) and Mata das Flores State Park (PEMF) (0 to 500 m above sea). For other intervals, we used data either from the literature and/or from zoological collections databases available on-line. The total sampling effort of the conducted surveys was 4182 traps/night. Richness, relative frequency and diversity indexes for species were calculated for each altitudinal interval. The similarity of species composition between intervals and between Conservation Units (CUs) was evaluated employing analysis of the relative frequency of each species, using the Jaccard and Sorensen indexes of similarity according to UPGMA analysis and, additionally, through the Coefficient of Biogeographical Resemblance (CBR). The surveys resulted in three species (H' = 1.099) registered in PEMF and 17 species (H' = 2.833) in PEFG. Total species richness was higher at intermediate altitudes (500-1000 m), followed by the low elevation interval (0-500m); this pattern was maintained for marsupials, while for rodents highest indexes of richness were found between 500-2000m. Species diversity were higher at intermediate elevations (500-1000 m,), followed by high elevation areas (1500-2000 m). The interval between 1000 and 1500 presented lower diversity levels, when compared to the ones immediately anterior and posterior to it. The CBR analysis resulted in highest coefficients between adjacent intervals, particularly for those in higher elevations, while for the analysis with the UCs, the highest CBR was found between the PEFG (located in an intermediate interval) and the all the others. In the UPGMA analysis higher elevational gradients (2000-3000 m) were grouped separately from all others, and concerning the CUs, medium and higher elevation areas were grouped to the exclusion of areas at low elevations. The higher richness and diversity indexes found for intermediate elevations, for both marsupials and rodents, resulted from the co-occurrence of taxa in these intervals, overlapping species typical of lower and higher altitudes in addition to the ones commonly found at intermediate altitudes. Along the studied elevational gradient, the richness of marsupials is high until the 500-1000m interval, and then decreases almost linearly; while it is maintained high for rodents until 1500-2000 m, when then a pronounced decline is observed. The prominent resemblance between adjacent altitudinal reflects the pronounced faunal similarity among these intervals, and it is expected. Nevertheless, the highest coefficients were found for higher altitudes, possibly due to the fact that these areas share a greater proportion of endemics and/or habitat specialists; yet, the loss of species in disturbed areas of low altitude can also contribute to the pattern observed. An evident fauna replacement was recorded between 1500-2000 m, especially for species of the genera Akodon, Delomys, Oligoryzomys and Oxymcterus. Consequently, mountain ranges, and the above mentioned taxa, can act as good systems and operation units, in studies aiming to uncover the effects of climate change on the species distribution in the Atlantic Forest.
dc.description.resumoA Mata Atlântica é o bioma que abrange o maior gradiente altitudinal no Brasil, com sete dos maiores picos nele localizados, e o Espírito Santo contempla toda a variação altitudinal desse bioma. Dessa forma, esta região é ideal para estudos sobre a influência do gradiente altitudinal sobre a riqueza e composição diferencial de espécies de pequenos mamíferos não voadores. Para isso, foram selecionadas áreas que juntas abrangessem altitudes entre 0 a 3000 m. o perfil altitudinal geral foi então dividido em intervalos de 500 metros, para se investigar se há relação entre a composição da fauna nesses diferentes gradientes altitudinais. Para tal foi realizado um levantamento em duas áreas: Parque Estadual do Forno Grande (PEFG), com dois perfis altimétricos (entre 1000-2000 m que constituía uma lacuna de conhecimento), e, Parque Estadual da Mata das Flores (PEMF), com um perfil altimétrico (entre 0-500 m), totalizando um esforço amostral de 4182 armadilhas/noite por parque. Para os demais gradientes foram utilizados dados disponibilizados na literatura científica e em bancos de dados de coleções zoológicas. Foram calculados a riqueza, a frequência relativa e os índices de diversidade de cada espécie para cada intervalo de altitude. A similaridade entre a composição de espécies nos diferentes intervalos e entre as Unidades de Conservação (UC) foi avaliada através do coeficiente de Jaccard e o índice de Sorensen, representados pelo agrupamento UPGMA. Adicionalmente, foi calculado o Coeficiente de Semelhança Biogeográfico (CSB) para os intervalos altitudinais e para as UCs. O inventário de pequenos mamíferos no PEMF é inédito e demonstrou uma riqueza de apenas três espécies (H = 1,099). O levantamento realizado no PEFG apresentou riqueza de 17 espécies (H = 2,833). A riqueza total de espécies se concentrou em altitudes intermediárias entre os gradientes de 500-1000 m, seguido de 0-500 m; para marsupiais esse padrão se manteve, enquanto para roedores os maiores índices de riqueza foram registradas entre 500-2000 m. As maiores diversidades foram encontradas entre 500-1000 m e entre 1500-2000 m. O gradiente entre 1000-1500 m apresentou valores menores de diversidade em relação aos intervalos limítrofes. A respeito da semelhança biogeográfica entre gradientes altimétricos as faixas com maiores coeficientes (CSB) foram aquelas adjacentes, principalmente as de maior altitude. Dentre às UCs, o maior CSB foi encontrado entre o PEFG (que se localiza em uma altitude intermediária) e as demais. Se considerarmos as similaridades entre as diferentes faixas altitudinais, os gradientes mais elevados (2000-3000 m) foram àqueles mais divergentes do restante. Entre as UCs, as áreas com altitudes médias e altas se agruparam à exclusão das áreas com baixas altitudes. Os elevados índices de riqueza, abundância e diversidade, tanto para marsupiais quanto para roedores, na altitude intermediária de 500-1000 m, resultam da sobreposição de ocorrência de táxons, com representantes característicos de baixadas e altas altitudes também nesse intervalo. A partir deste, à medida que se eleva a altitude, a riqueza e a abundância de marsupiais diminuem de forma quase linear até o limite de 2000-2500 m, enquanto a riqueza e a abundância de roedores persistem até o gradiente entre 1500-2000 m, quando então observa-se a queda mais pronunciada em riqueza. A maior semelhança biogeográfica entre as faixas altitudinais adjacentes evidencia a grande similaridade de fauna entre essas faixas, o que seria esperado. No entanto, as maiores similaridades biogeográficas foram encontrados entre os gradientes mais elevados, devido provavelmente a uma fauna endêmica especialista ou, ainda, um reflexo consequentemente do depauperamento de espécies em baixadas. Nota-se a substituição de fauna bem evidente entre 1500-2000 m, principalmente para espécies do gênero Akodon, Delomys, Oligoryzomys e Oxymcterus. Portanto, áreas de altitude pronunciada, assim como os táxons supracitados, podem atuar como um bom sistema no estudo e previsões temporais a respeito da interferência das alterações climáticas sobre a distribuição das espécies na Mata Atlântica.
dc.formatText
dc.identifier.citationVALE, Victor. Influência do Gradiente Altitudinal na Composição da Fauna de Pequenos Mamíferos em Áreas de Mata Atlântica. 2015. 90 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal do Espírito Santo, Biologia Animal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Vitória, 2015.
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/9422
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseMestrado em Biologia Animal
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
dc.rightsopen access
dc.subjectDiversityeng
dc.subjectRichnesseng
dc.subjectRiquezapor
dc.subjectSimilarityeng
dc.subjectSimilaridadepor
dc.subjectDistribution Patternseng
dc.subjectPadrões de Distribuiçãopor
dc.subjectEspírito Santopor
dc.subject.br-rjbnDiversidade biológica
dc.subject.br-rjbnAltitude x Influência
dc.subject.br-rjbnBiogeografia x Espírito Santo (Estado)
dc.subject.br-rjbnMata Atlântica
dc.subject.cnpqZoologia
dc.subject.udc57
dc.titleInfluência do gradiente altitudinal na composição da fauna de pequenos mamíferos em áreas de Mata Atlântica
dc.typemasterThesis
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