O critério da verdade no Contra Academicos, de Agostinho
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Data
2012-08-13
Autores
Simões, Edilezia Freire
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Editor
Universidade Federal do Espírito Santo
Resumo
In the book Contra Academicos by Augustine of Hippo (354-430), the discussion about truth is guided by a fundamental question: Can a man achieve wisdom and happiness while he seeks truth or only after he finds it? The interlocutors in this dialogue confront each other around this question. This dissertation aims at understanding the criterion for truth presented in "Contra Academicos? and contextualizing/analyzing the philosophical sources that influenced Augustine s intellectual evolution, which required a thorough analysis of his work. The theme for discussion in "Contra Academicos? is a relevant problem until today, thus deserving serious debates about the questions it brings. Seeking truth is not a banal or shallow issue, but a necessary and fundamental one. The discussions presented in this book bring the philosophical path followed by Augustin into discussion. Path that started in a meeting with his own self in order to find the truth that dwells inside men. In this search, Augustin walks a path that could not be explained logically, but that concerns his soteriological project, which pushes him through Manichaeism, Neoplatonism and skepticism until he finally reaches Christianity. While passing through skepticism, he has contact with academic skepticism, fruit of confrontation between two Hellenistic schools Academy and Stoa about the criterion of truth. In this confrontation, the Stoic show an unquestionable criterion of truth, while the Academic emphasize impossibility of men to reach truth. As a result, in Contra Academicos Augustin attempts to refute the Academic arguments that had discouraged him from finding truth. He does it in order to reveal the theoretical frailty of those arguments and show that truth can be achieved by men. This truth is Christ, identified by God s wisdom and power. Therefore, Augustine s quest for truth consists in an effort to meet God and thus achieve happiness.
Na obra Contra Academicos, de Agostinho de Hipona (354-430), a discussão sobre a verdade norteia-se por uma questão fundamental: Pode um homem alcançar sabedoria e felicidade enquanto ele procura a verdade ou somente quando ele a encontra? Em torno dessa questão, confrontam-se os interlocutores, nesse diálogo. Compreender o critério de verdade apresentado na obra Contra Academicos e contextualizar/analisar algumas fontes filosóficas que exerceram influência na evolução intelectual de Agostinho constituiu o objetivo desta dissertação, o que exigiu uma análise minuciosa da obra. O tema da discussão no Contra Academicos é um problema relevante até os dias de hoje, merecendo esse tema um debate sério acerca de suas questões. Buscar a verdade não é uma tarefa banal ou supérflua, mas necessária e fundamental. As discussões apresentadas nessa obra colocam em pauta a via filosófica na qual Agostinho se direciona, a partir de um encontro consigo mesmo, em busca da verdade que habita no interior do homem. Nessa busca, Agostinho realiza um percurso que não poderia ser explicado logicamente, mas que diz respeito ao seu projeto soteriológico, o qual o impulsiona a passar pelo maniqueísmo, pelo ceticismo, pelo neoplatonismo, até chegar, enfim, ao Cristianismo. Ao passar pelo ceticismo, ele entra em contato, principalmente, com o ceticismo acadêmico, fruto do embate acerca do critério de verdade entre duas escolas helenísticas, a saber: Academia e Estoá. Nesse embate, os Estoicos apresentam um critério indubitável de verdade, e os Acadêmicos, por sua vez, enfatizam a impossibilidade de o homem chegar à verdade. Resulta, então, que, em sua obra Contra Academicos, Agostinho procura refutar os argumentos acadêmicos, que o mantiveram na desesperança de encontrar a verdade. E ele faz isso com o intuito de revelar as debilidades teóricas daqueles argumentos e de mostrar que a verdade pode ser alcançada pelo homem. Essa verdade é Cristo, identificado com a Sabedoria e o Poder de Deus. A busca de Agostinho pela verdade consiste, pois, num esforço de conhecer a Deus e, assim, ser possível chegar à felicidade.
Na obra Contra Academicos, de Agostinho de Hipona (354-430), a discussão sobre a verdade norteia-se por uma questão fundamental: Pode um homem alcançar sabedoria e felicidade enquanto ele procura a verdade ou somente quando ele a encontra? Em torno dessa questão, confrontam-se os interlocutores, nesse diálogo. Compreender o critério de verdade apresentado na obra Contra Academicos e contextualizar/analisar algumas fontes filosóficas que exerceram influência na evolução intelectual de Agostinho constituiu o objetivo desta dissertação, o que exigiu uma análise minuciosa da obra. O tema da discussão no Contra Academicos é um problema relevante até os dias de hoje, merecendo esse tema um debate sério acerca de suas questões. Buscar a verdade não é uma tarefa banal ou supérflua, mas necessária e fundamental. As discussões apresentadas nessa obra colocam em pauta a via filosófica na qual Agostinho se direciona, a partir de um encontro consigo mesmo, em busca da verdade que habita no interior do homem. Nessa busca, Agostinho realiza um percurso que não poderia ser explicado logicamente, mas que diz respeito ao seu projeto soteriológico, o qual o impulsiona a passar pelo maniqueísmo, pelo ceticismo, pelo neoplatonismo, até chegar, enfim, ao Cristianismo. Ao passar pelo ceticismo, ele entra em contato, principalmente, com o ceticismo acadêmico, fruto do embate acerca do critério de verdade entre duas escolas helenísticas, a saber: Academia e Estoá. Nesse embate, os Estoicos apresentam um critério indubitável de verdade, e os Acadêmicos, por sua vez, enfatizam a impossibilidade de o homem chegar à verdade. Resulta, então, que, em sua obra Contra Academicos, Agostinho procura refutar os argumentos acadêmicos, que o mantiveram na desesperança de encontrar a verdade. E ele faz isso com o intuito de revelar as debilidades teóricas daqueles argumentos e de mostrar que a verdade pode ser alcançada pelo homem. Essa verdade é Cristo, identificado com a Sabedoria e o Poder de Deus. A busca de Agostinho pela verdade consiste, pois, num esforço de conhecer a Deus e, assim, ser possível chegar à felicidade.
Descrição
Palavras-chave
Augustine , Stoic , Academic , Criterion of truth , Wisdom , Acadêmicos , Happiness , Critério-verdade
Citação
SIMÕES, Edilezia Freire. O critério da verdade no Contra Academicos, de Agostinho. 2012. 128 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.