ADOLESCENTES QUE VIVEM COM HIV/AIDS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

dc.contributor.advisor1Miranda, Angelica Espinosa Barbosa
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5556-8379
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5842271060162462
dc.contributor.authorFialho, Camila Bruno
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-8857-3342
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4720944482078483
dc.contributor.referee1Esposti, Carolina Dutra Degli
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000000181027771
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7465412734380334
dc.contributor.referee2Bonomo, Mariana
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-3919-3976
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4087691008379051
dc.contributor.referee3Neto, Edson Theodoro dos Santos
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000000273517719
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/5430137427291413
dc.contributor.referee4Queiroz, Maria Alix Leite Araujo
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000-0002-4156-5783
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/6300811398792069
dc.contributor.referee5Ferreira, Ana Cristina Garcia
dc.contributor.referee5Latteshttp://lattes.cnpq.br/7126831545165079
dc.date.accessioned2024-05-30T01:41:22Z
dc.date.available2024-05-30T01:41:22Z
dc.date.issued2022-10-18
dc.description.abstractIn recent years, there has been an increase in cases of Human Immunodeficiency Virus (HIV) infection among adolescents and young people. Thus, it is essential to know this population to scientifically support health actions and policies. Objectives: To identify the epidemiological characteristics and social representations of aids among adolescents living with HIV/aids in the state of Espírito Santo. Methodology: Quantitative-qualitative study. 1) Quantitative part. Ecological study, in which HIV/AIDS notifications were analyzed among adolescents, aged 13 to 19 years, who lived in the state of Espírito Santo, between 2010 and 2020. 2) Qualitative part. Interviews of those adolescents, infected via vertical transmission, who were treated at the state's referral hospital. Content Analysis and Descending Hierarchical Classification were used to analyze qualitative data, and Descriptive and Spatial Analysis were used to process quantitative data. Results and discussion: We found 523 adolescents living with HIV/AIDS in the analyzed period (average of 47 cases/year). A higher frequency of HIV/AIDS cases was observed in male adolescents, over 16 years old, of mixed race/color, who attended high school and lived in the metropolitan region, close to the capital. The most frequent route of infection was sexual, in homosexual relationships. The HIV viral load was detectable in almost all cases and 11 (6,8%) of these adolescents died. Among the adolescents currently undergoing treatment, 13 were interviewed, aged between 13 and 17 years old, of both sexes. In this group, 8 adolescents had a detectable viral load. The analysis of the narratives showed that although Antiretroviral Therapy (ART) does not have a great impact on the adolescents' routine (since they have been undergoing treatment since childhood, already adapted to the routine of consultations/exams/medication), non- adherence practices were mentioned. These adolescents face the difficulty of dealing with the death of their parents and revealing to their friends and boyfriend that they are living with HIV, reducing their social support network. The social representations of AIDS, therefore, for this group, are more associated with the psychosocial context than with biomedical issues. Conclusion: The high frequency of detectable viral load signals serious public health problems, such as late diagnosis and lack of adherence to ART. Adherence, among adolescents living with HIV since birth, appeared intrinsically linked to social representations, as the adolescents interviewed live in a sociocultural context where common sense continues to share representations with negative elements about AIDS, a fact that restricts the network of support, so important for treatment adherence.
dc.description.resumoNos últimos anos, observa-se aumento dos casos de infecção por Human Immunodeficiency Virus (HIV) entre adolescentes e jovens. Assim, é fundamental conhecer essa população para embasar cientificamente ações e políticas de saúde. Objetivos: Identificar as características epidemiológicas e as representações sociais a aids entre adolescentes que vivem com HIV/aids no estado do Espírito Santo. Metodologia: Estudo quanti-qualitativo. 1) Parte quantitativa. Estudo ecológico, no qual foram analisadas notificações de HIV/aids entre adolescentes, de 13 a 19 anos, que viviam no estado do Espírito Santo, entre 2010 e 2020. 2) Parte qualitativa. Entrevistas daqueles adolescentes, infectados via transmissão vertical, que realizavam tratamento no hospital de referência do estado. Utilizou-se Análise de Conteúdo e a Classificação Hierárquica Descendente, para analisar os dados qualitativos, e Análise descritiva e espacial, para tratamento dos dados quantitativos. Resultados e discussão: Foram encontrados 523 adolescentes vivendo com HIV/aids, no período analisado (média de 47 casos/ano). Observou-se maior frequência de casos de HIV/aids em adolescentes do sexo masculino, com mais de 16 anos, de raça/cor parda, que cursavam o ensino médio e residiam na região metropolitana, próxima a capital. A via de infecção mais frequente foi a sexual, na relação homossexual. A carga viral de HIV foi detectável em quase totalidade dos casos e 11 (6,8%) destes adolescentes evoluíram para óbito. Entre os adolescentes atualmente em tratamento, 13 foram entrevistados, na faixa etária de 13 a 17 anos, de ambos os sexos. Neste grupo, 8 adolescentes apresentaram carga viral detectável. A análise das narrativas demonstrou que embora a Terapia Antirretroviral (TARV) não tenha grande impacto na rotina dos adolescentes (posto que estes fazem o tratamento desde criança, já adaptados à rotina de consultas/exames/medicação), práticas de não adesão foram mencionadas. Estes adolescentes enfrentam a dificuldade de lidar com a morte dos pais e revelar aos amigos e namorado(a) que eles vivem com HIV/aids, reduzindo sua rede de apoio social. As representações sociais da aids, portanto, para este grupo, estão associadas mais ao contexto psicossocial do que a questões biomédicas. Conclusão: A alta frequência de carga viral detectável sinaliza graves problemas de saúde pública, como o diagnóstico tardio e a falta de adesão à TARV. A adesão, entre os adolescentes que vivem com HIV/aids desde o nascimento, apareceu intrinsicamente ligada as representações sociais, pois os adolescentes 10 entrevistados vivem em um contexto sociocultural onde o senso comum continua compartilhando representações com elementos negativos sobre a aids, fato que restringe a rede de apoio, tão importante para adesão ao tratamento.
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES)
dc.formatText
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufes.br/handle/10/16712
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisher.countryBR
dc.publisher.courseDoutorado em Saúde Coletiva
dc.publisher.departmentCentro de Ciências da Saúde
dc.publisher.initialsUFES
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.rightsopen access
dc.subjectAdolescente
dc.subjectHIV
dc.subjectSíndrome de Imunodeficiência Adquirida
dc.subjectAdesão à Medicação
dc.subjectTerapia Antirretroviral Altamente Ativa
dc.subject.br-rjbnsubject.br-rjbn
dc.subject.cnpqSaúde Coletiva
dc.titleADOLESCENTES QUE VIVEM COM HIV/AIDS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
dc.title.alternativetitle.alternative
dc.typedoctoralThesis
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