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Navegando Licenciatura por Autor "Boechat, Cássio Arruda"
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- ItemCapitalismo e pandemia: ensaio sobre uma sociedade produtora de pandemias(Universidade Federal do Espírito Santo, 2020) Santos, Artur Bastos; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O presente trabalho tem como objetivo desvelar os processos por trás da eclosão da pandemia do vírus Sars-Cov-2, a partir das postulações do teórico Rob Wallace em seu livro Pandemia e Agronegócio: Doenças infecciosas, capitalismo e ciência. A perspectiva adotada para análise é referente ao potencial protopandêmico produzido pelo agronegócio, agente potencializador de expansão virial e ampliação de virulência, além de possuir grande contribuição para destruição de ecossistemas e o consumo de carne selvagem, facilitando o contato microbiológico de patógenos potencialmente pandêmicos. Nesse sentido, esse texto busca compreender o processo de reprodução do sistema capitalista que continua aumentando suas apostas nas externalizações dos custos ao meio ambiente numa tentativa de abocanhar uma fatia de lucro um pouco maior num processo concorrencial cego, mas contraditoriamente, esse movimento também conduz o sistema capitalista a crise ao expulsar o trabalho do processo produtivo e assim reduzindo a taxa de lucro. Devido a esse processo, o capitalismo, já se encontrava em crise antes mesmo da chegada do coronavírus, com margens de lucros cada vez mais capengas, o coronavírus uma economia debilitada, respirando por respiradores mecânicos do capital fictício, e incapaz de absorver mão de obra.
- ItemTerritórios negros na cidade de Vitória-ES (2024): proposta de circuito para aula de campo de geografia(Universidade Federal do Espírito Santo, 2024) Souza, Aingrid Fabiane de; Boechat, Cássio Arruda; http://lattes.cnpq.br/1336301405652757O trabalho apresenta o resultado de uma investigação, por meio de pesquisa documental, que tem por objetivo identificar os territórios negros (que resistiram e resistem) existentes atualmente na cidade de Vitória-ES e sugestionar um roteiro para aula de campo de geografia com possibilidades de diálogo interdisciplinar com história, artes, sociologia e relações étnico raciais, com potencialidade de ser adotado com turmas do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, pois permite diversas abordagens. Não é objetivo da pesquisa esgotar o tema e apontar todos os possíveis territórios, uma vez que tal empreitada é impossível, seja pela fonte de pesquisa documental, seja pela necessidade de resguardar práticas religiosas de matriz africana expostas frequentemente a violência motivada pela intolerância religiosa, racismo e pré-conceitos. A realização de uma aula de campo por um circuito de territórios negros na cidade de Vitória-ES proporcionará aos alunos uma experiência educativa rica e multifacetada. Essa prática não apenas complementará o conhecimento teórico, mas também promoverá uma conexão significativa com a cidade e com a realidade social e cultural dos locais visitados, contribuindo para uma formação mais completa e reflexiva dos estudantes. Para os fins desta pesquisa, adotaremos a concepção de território negro relacional proposto por Pedrosa (2023) que dialoga com os conceitos de território e territorialidade abordados por Milton Santos (2000) e Haesbaert (2004). Entendemos o território negro como os diversos espaços ocupados pela população negra, variando em escalas e contextos, demarcados por limites que nem sempre são fixos, reconhecidos e caracterizados pela coletividade que os conforma. Incluem-se tanto os espaços que a população negra frequenta e utiliza para sociabilidade e práticas culturais quanto os monumentos e edificações que evocam simbolicamente a presença ou a memória negra. A breve análise histórica e demográfica da cidade de Vitória, ES, revela um padrão persistente de segregação e exclusão da população negra que se estende desde o período colonial até os dias atuais. Desde a chegada dos africanos escravizados até o presente momento, a população negra em Vitória tem enfrentado uma trajetória marcada por dificuldades socioeconômicas e desigualdades. Apesar de representarem mais de 50% da população de Vitória, os negros e pardos continuam a residir predominantemente em bairros com menor valorização econômica. A concentração significativa da população negra em áreas como o bairro da Piedade e nas regiões administrativas de São Pedro, Santo Antônio, Goiabeiras e Grande Maruípe, em contraste com sua escassez em bairros de maior poder econômico, sublinha a persistência de desigualdades espaciais. Conclui que os processos raciais são fenômenos que imprimem suas marcas no espaço geográfico e propor a realização aulas de campo pelo circuito resgata, registra, traz visibilidade e valoriza a história e a presença comunidade negra e sua existência na cidade de Vitória-ES.